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O Sistema Único de Saúde (SUS) tem ampliado o acesso à mamoplastia redutora na Bahia, autorizando o procedimento em casos de gigantomastia – condição caracterizada por mamas que excedem o tamanho 48 do sutiã. Realizada com finalidade reparadora, a cirurgia busca aliviar sintomas físicos como dores nas costas, ombros e pescoço, além de melhorar a mobilidade, postura e autoestima das pacientes.

Bahia registra aumento de 47,44% no número de mamoplastias redutoras realizadas pelo SUS — Foto: Reprodução

Até o dia 7 de julho de 2025, o estado já contabilizou 519 mamoplastias redutoras reparadoras pelo SUS – um aumento de 47,44% em relação ao total de 352 procedimentos realizados ao longo de todo o ano de 2024, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

A expansão do serviço se deve, em grande parte, à inclusão da mamoplastia no programa estadual “Saúde Mais Perto”, em março deste ano. A iniciativa promoveu mutirões e garantiu a realização de 227 cirurgias apenas no Hospital 2 de Julho, em Salvador.

Segundo Fernanda Lima, diretora de Programação e Desenvolvimento da Gestão Regional (Dipro), da Superintendência de Regulação da Atenção à Saúde da Sesab, a ação “ampliou o acesso a partir da oferta do serviço e reduziu a demanda reprimida”.

O médico Guilherme Queiroz, coordenador do mutirão no Hospital 2 de Julho e responsável pelo Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Mulher, reforça que a cirurgia realizada pelo SUS tem caráter funcional, e não estético.

“O que define a mamoplastia como reparadora é o impacto das mamas muito grandes na saúde da mulher. Há pacientes com escoliose, hérnias, dores intensas e necessidade constante de medicamentos. Isso compromete o trabalho, a qualidade de vida e a autoestima”, explica.

Embora o critério principal seja o tamanho das mamas, o médico ressalta que o SUS também autoriza o procedimento para pacientes com mamas menores que o número 48, desde que apresentem alterações funcionais significativas, como em mulheres de baixa estatura com número 46 e problemas ortopédicos graves.

Por outro lado, Queiroz alerta para a procura indevida por parte de mulheres que desejam o procedimento apenas com finalidade estética, o que não se enquadra nos critérios do SUS. “Temos recebido pacientes com mamas pequenas e caídas, que querem apenas levantar os seios. Isso não é uma indicação reparadora. Além disso, muitas mulheres com sobrepeso ou obesidade confundem excesso de gordura com hipertrofia mamária.”

Para garantir a segurança cirúrgica, o programa estadual exige que as pacientes tenham Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 30. A obesidade é um fator de risco relevante para complicações operatórias.

“A paciente não precisa estar extremamente magra, mas precisa estar dentro de um limite seguro de peso, o que reduz os riscos e melhora os resultados”, completa o cirurgião.

Como ter acesso à mamoplastia redutora pelo SUS na Bahia:

Para realizar a cirurgia, é necessário:

  • Ter indicação médica e estar cadastrada no Sistema Lista Única, por meio da Secretaria Municipal de Saúde da cidade onde reside;
  • No momento do cadastro, apresentar: RG, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência e a requisição médica.

Onde o procedimento está disponível:

Salvador

  • Maternidade Maria da Conceição de Jesus
  • Hospital Estadual da Mulher
  • Hospital 2 de Julho
  • Hospital Aristides Maltez
  • Hospital Universitário Professor Edgard Santos
  • Hospital Municipal de Salvador
  • Hospital Santo Antônio

Feira de Santana

  • Hospital Dom Pedro de Alcântara
  • Hospital Inácia Pinto Santos – Hospital da Mulher

Brumado

  • Hospital Municipal Professor Magalhães Neto

Nazaré

  • Hospital Gonçalves Martins

Porto Seguro

  • Hospital de Cirurgias Eletivas

Camaçari

  • Maternidade Regional de Camaçari
  • Hospital do Polo
  • Hospital Geral de Camaçari

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