Falha na transmissão amplia caos durante temporal na Bahia
A tarde de quinta feira em Feira de Santana foi marcada por um duplo colapso. As fortes chuvas que castigaram o interior da Bahia encontraram uma rede elétrica vulnerável. Uma falha no sistema de transmissão provocou um apagão que atingiu a segunda maior cidade do estado e municípios da região Centro. Bairros inteiros ficaram às escuras por horas enquanto relatos nas redes sociais formavam um mosaico de impactos que variaram entre transtornos domésticos, paralisação de serviços e o sobrepeso sobre uma população já pressionada pelos alagamentos.
A interrupção ocorreu fora do escopo da Neoenergia Coelba que informou rapidamente que a origem do problema não estava na rede de distribuição sob sua responsabilidade. A análise inicial indica falha na transmissão operada por outra empresa o que torna o episódio um lembrete sobre a interdependência estrutural do sistema elétrico. Em meio ao temporal este elo fragilizado ganhou efeito multiplicador em uma cidade acostumada a conviver com episódios recorrentes de oscilação e sobrecarga.
Os desdobramentos projetam um cenário de atenção. Com previsão de chuvas intensas em toda a Bahia segundo o Inmet a tendência é de pressão contínua sobre a infraestrutura. Para municípios como Araci, Mutuípe, Conceição do Coité e Gandu que enfrentaram alagamentos e danos estruturais o apagão opera como um alerta para a necessidade de revisões urgentes nos protocolos de contingência e nas malhas de drenagem e energia.
A leitura final é inequívoca. O episódio revela um ponto cego na política de manutenção e integração do sistema elétrico em plena era de eventos climáticos extremos. A comunicação rápida das concessionárias é importante porém insuficiente diante das lacunas expostas pela população que vive o problema de forma concreta. Feira de Santana e sua região merecem mais do que explicações momentâneas. Precisam de planejamento consistente transparência e investimentos estruturais que tornem raras cenas como as desta quinta feira.
