
Marcelo foi preso após confessar crime. Suspeito conheceu vítima em um projeto social em Paulo Afonso, no norte da Bahia.
O humorista Marcelo Alves, preso após confessar ter matado a miss baiana Raissa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, era amigo da família. Ele tem 40 anos e nasceu na cidade de Petrolândia, em Pernambuco, mas foi criado em Paulo Afonso, no norte da Bahia, mesma cidade da vítima.
A vítima e o suspeito se conhecem há mais de 10 anos. Marcelo ensinava kung fu em um projeto social em Paulo Afonso e Raissa e o primo, Heber Guilherme, passaram a praticar a arte marcial. Eles ficaram amigos do filho de Marcelo, Dhony Alves, que tem a mesma faixa etária e também lutava. O jovem é investigado por ajudar o pai a esconder o corpo da vítima.
Por causa do projeto, Marcelo conheceu toda a família de Raissa e era considerado uma pessoa de confiança. Segundo Heber Guilherme, a família ficou extremamente surpresa ao saber que Marcelo confessou o crime.

Há pelo menos três anos, Marcelo se mudou para Curitiba, onde vivia com o filho . Na capital paraense, o suspeito fazia shows de stand-up comedy em bares e pizzarias. Ele se apresentava com o nome artístico de “Alves Li Pernambucano” e compartilhava as piadas em seu perfil em uma rede social.
Em uma das fotos, ele aparece ao lado de jovens da idade de Raissa, que foram até um clube de stand-up comedy para assisti-lo.
Após a mudança para a capital paranaense, Marcelo ofereceu uma oportunidade de trabalho para Raissa na cidade. Segundo a família da vítima, ela via Marcelo como uma figura paterna e aceitou o convite, pois acreditava que no sul do país teria mais oportunidades para seguir o sonho de se tornar modelo e influenciadora digital. Anos antes, em 2018, ela venceu o concurso de beleza Miss Serra Branca Teen da Bahia.

De acordo com a Polícia Civil de Curitiba, na segunda-feira (9) Marcelo foi até a delegacia e confessou ter matado Raissa. A jovem estava desaparecida desde 2 de junho, quando pegou carona com o suspeito para ir até Sorocaba, em São Paulo, onde arranjaria um novo emprego com ajuda dele.
O suspeito disse à polícia que a proposta de emprego era uma mentira e que usou a desculpara para se declarar para Raissa. A jovem não teria reagido bem a declaração e, com raiva, o suspeito a estrangulou usando uma abraçadeira plástica.
Depois, Marcelo enrolou o corpo de Raissa em uma lona e contou com a ajudado filho para leva-lo até uma área de mata no município de Araucária, onde enterrou a vítima.
O corpo de Raissa foi encontrado ainda na segunda-feira e vai passar por exames. O objetivo é verificar se as lesões presentes no corpo da jovem são compatíveis com a história contada por Marcelo.
A polícia apura se houve violência sexual e qual a participação efetiva do filho de Marcelo no crime.
Suspeito fingiu ajudar a família

Quando Raissa ainda estava desaparecida, o suspeito manteve contato com a família e fingiu ajudar a procurar a vítima. Ele ainda chegou a oferecer a própria casa, em Curitiba, para que os familiares de Raissa ficassem hospedados enquanto procuravam a jovem.
Após prestar depoimento à polícia, Marcelo foi preso em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O filho dele Dhony Alves, foi preso por ocultação de cadáver, pagou fiança e foi liberado.