Cientistas descobriram que um gás anestésico já conhecido, Xenon, pode ajudar no combate ao Alzheimer e isso traz nova esperança para pacientes e familiares.
Segundo os pesquisadores das universidades Mass General Brigham e Washington University School of Medicine em St. Louis, Estados Unidos, em testes, o produto reduziu a atrofia cerebral e melhorou a cognição do cérebro.
“É emocionante que em ambos os modelos animais [camundongos] com diferentes aspectos da doença de Alzheimer, patologia amilóide em um modelo e patologia tau em outro modelo, o Xenon teve efeitos protetores em ambas situações”, disse o autor sênior da Universidade de Washington, David M. Holtzman.
Resultados animadores
Na medicina, o produto já é utilizado como anestésico e neuroprotetor em casos de lesões cerebrais. Mas o estudo, publicado na Science Translational Medicina, mostrou que ele pode fazer mais.
Testado em camundongos, o Xenon reduziu a inflamação no cérebro, minimizou a atrofia e melhorou o comportamento dos bichinhos. Além disso, o gás também aumentou a capacidade da microglia de remover as placas amiloides.
“Uma das principais limitações no campo da pesquisa e tratamento da doença de Alzheimer é que é extremamente difícil projetar medicamentos que possam passar pela barreira hematoencefálica — mas o gás xenônio consegue. Estamos ansiosos para ver essa nova abordagem testada em humanos”, disse Oleg Butovsky, membro fundador do sistema de saúde Mass General Brigham.
Como age
Cientistas já sabe que a doença de Alzheimer é causada pelo acúmulo de proteínas no cérebro, que afetam a comunicação entre os neurônios.
Segundo o grupo, a chave para combater a enfermidade pode estar no sistema imunológico do próprio cérebro.
E o gás Xenon consegue regular as células microgliais, que atuam como “faxineiras”. Em bom funcionamento, elas agem para eliminar as placas de proteínas prejudiciais.
Teste em humanos
O próximo passo é testar o tratamento em humanos.
O ensaio clínico já está marcado para ocorrer no Brigham and Women ‘s Hospital.
Se os resultados forem positivos, o Xenon vai ser testado em pacientes com Alzheimer e outras doenças neurológicas.
“Se o ensaio clínico for bem, as oportunidades para o uso do gás Xenon são grandes. Isso pode abrir as portas para novos tratamentos para ajudar pacientes neurológicos”, finalizou Howard Weiner, codiretor do Ann Romney Center for Neurologic Diseases.
Os primeiros testes foram realizados com camundongos. Agora, o grupo inicia um ensaio clínico em humanos. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
A Casa do Trabalhador em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, vai realizar, entre os dias 3 e 5 de fevereiro, a Jornada de Empregabilidade e Treinamento. O objetivo é preparar jovens e trabalhadores para processos seletivos e aumentar as chances de inserção no mercado de trabalho.
O evento oferece 20 vagas, e asinscrições devem ser feitas presencialmente na Casa do Trabalhador, localizada na Rua Desembargador Felinto Bastos (antiga Rua da Aurora), no centro da cidade. Os interessados precisam apresentar documentos pessoais no momento da inscrição.
O diretor da Casa do Trabalhador, Magno Felzemburg, explica que muitos candidatos enfrentam dificuldades em processos seletivos por falta de preparo. Segundo ele, a jornada vai oferecer orientação para entrevistas e dinâmicas de grupo, ajudando os participantes a se destacarem diante dos empregadores.
Felzemburg citou um processo seletivo recente de uma empresa de telemarketing que tem filial em Feira de Santana. Na ocasião, 100 candidatos participaram da seleção, mas apenas 30 avançaram para a etapa seguinte.
A jornada será realizada em parceria com a Prepara Cursos e faz parte de um conjunto de ações da Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico para melhorar a qualificação profissional no município.
Treinamento em informática
Além da Jornada de Empregabilidade, a Casa do Trabalhador também está com vagas para curso de Windows, que será realizado nesta sexta-feira (31). O treinamento vai abordar o funcionamento do sistema operacional mais utilizado no mundo, com orientações para quem deseja aprimorar conhecimentos em informática.
De acordo com Magno, as vagas no mercado existem, mas muitos candidatos não atendem aos critérios exigidos pelas empresas. “Esses treinamentos são essenciais para ajudar os trabalhadores a conquistarem uma vaga”, afirmou.
Jornada de Empregabilidade vai preparar trabalhador para processo seletivo — Foto: Divulgação/Valto Novaes-PMFS
Na tarde desta quinta-feira (30), os secretários municipais de Saúde, Rodrigo Matos, e de Desenvolvimento Social, Gerusa Sampaio, articularam uma parceria para reduzir a demanda por atendimento terapêutico para as crianças acompanhadas no Centro de Referência Municipal para Pessoas com Trantorno do Aspecto Autista (CER – TEA).
Atualmente há 70 crianças no CER-TEA atendidas por psicólogo, psicopedagogo, pscicomototricista e nutricionista. Com essa parceria será possível ampliar os atendimentos inserindo outros profissionais, como fonoaudiólogos.
“Vamos fortalecer essa parceria para ampliar os serviços e garantir uma melhor assistência a essas pessoas”, afirma o secretário de Saúde, Rodrigo Matos.
O Centro de Referência oferta acompanhamento individualizado e em grupo, possibilitando à criança com espectro autista o aprendizado, interação e o desenvolvimento intelectual. Promove ainda a socialização e o acolhimento adequado aos familiares.
Para matricular a criança no CER-TEA é necessário o encaminhamento do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS Infantil), onde receberá o diagnóstico do neurologista; ter entre 3 e 12 anos; ser residente do município; estar inscrito no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do bairro a qual reside para comprovar vulnerabilidade social.
O equipamento municipal está localizado na rua Itacarambi, no bairro Muchila, ao lado do Centro de Convivência para Idosos Dona Zazinha Cerqueira.
Um ultramaratonista de Ilhéus, no sul da Bahia, denunciou a falta de remédios para esclerose múltipla pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade. Há mais de um mês, o baiano não recebe a medicação, que custa cerca de R$ 16 mil a caixa com 12 unidades.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), responsável pela entrega do medicamento aos pacientes, informou que ele será entregue nesta sexta-feira (31) ao Núcleo Regional de Saúde de Ilhéus. Segundo a pasta, o atraso está relacionado ao repasse do Ministério da Saúde, que entrega as doses para as secretarias de Saúde de todo o Brasil.
Sem a disponibilidade do tratamento, Agenor Netto teme o agravamento dos sintomas que enfrenta há 14 anos, desde que foi diagnosticado. Nos últimos dias, o atleta precisou reduzir o ritmo dos treinos pra cuidar da saúde.
De acordo com a neurologista que acompanha Agenor, Daniela Ribeiro, o uso do medicamento é essencial para prevenir a evolução da doença e, consequentemente, novos surtos causados por ela.
“É uma doença em que existe uma produção de anticorpos do próprio paciente que vão destruir uma região muito importante do funcionamento do sistema nervoso, então podem ocorrer sintomas de movimento e sintomas visuais, por exemplo. Uma vez sem a medicação, o paciente perde essa proteção e corre o risco da doença evoluir”, contou.
Normalmente, o ultramaratonista costuma receber 12 seringas de betainterferona, medicação capaz de regular a resposta imunológica dos pacientes. O remédio deveria ser entregue todo mês pelo Núcleo Regional de Saúde de Ilhéus, o que não tem acontecido.
Sem o uso regular da medicação, Agenor já voltou a sentir sintomas como fadiga, formigamento, cansaço, falta de ar e fraqueza muscular.
“São sintomas que eu não tinha desde o diagnóstico, há 14 anos. Na ocasião, eu tive três surtos. A manifestação desses sintomas, que estavam controlados, me deixa muito preocupado”, contou.
Mesmo com os sintomas, o ultramaratonista tem se esforçado para manter os treinos leves. Ele pratica esportes há 10 anos, pois acredita que se manter ativo fisicamente o ajuda a ter uma melhor qualidade de vida com a doença.
Ultramaratonista lida com doença há 14 anos — Foto: TV Santa Cruz
A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão, na manhã desta sexta-feira (31), na casa de uma mulher investigada por crime de perseguição, conhecido como “stalking”, na cidade de Belo Campo, no sudoeste da Bahia. Dois celulares foram apreendidos no imóvel.
Segundo a polícia, os aparelhos eram usados pela suspeita para praticar os crimes de ameaça e perseguição contra um homem com quem teve um encontro amoroso, após se conhecerem em um aplicativo de relacionamento.
A vítima passou a sofrer ameaças via aplicativo de mensagem em outubro de 2024, poucos dias após o primeiro encontro.
“A suspeita usava diversos números e datas, invadindo a privacidade do homem e ameaçando a sua integridade psicológica”, disse o delegado Paulo Henrique Oliveira.
O material apreendido será periciado para verificar se foi usado na prática de outros crimes. A ordem judicial foi cumprida em ação conjunta das equipes da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI/Sudoeste).
Celulares apreendidos na casa da suspeita — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Sou vítima de um perseguidor. E agora?
Guarde todas as provas, como e-mails, prints de conversas, fotos;
Registre o boletim de ocorrência em qualquer delegacia e faça uma representação em alguma delegacia confirmando que há interesse que o caso seja investigado.
Quais os cuidados devem ser tomados?
Evite divulgar rotina em redes sociais;
Não passe informações pessoais;
Ao perceber que algo incomoda na relação com outra pessoa, não renda conversa e bloqueie qualquer tipo de contato;
Não aceite amizades de pessoas que não conhece;
Mantenha o nível de privacidade nas redes sociais. Evite marcar localizações, mostrar fotos para quem não é amigo.
Veja como e quando denunciar o ‘stalking’, crime de perseguição — Foto: Daniel Ivanaskas/G1
Nada na manhã fria da segunda-feira (27) parecia fora do lugar para o brasileiro Lucas Santos Amaral.
O pintor vive nos Estados Unidos há sete anos e, naquele dia, se despediu cedo da mulher, Suyanne, e da filha de 3 anos do casal e saiu para o trabalho.
“Cinco minutos depois que ele saiu, eu recebi a ligação. Só deu tempo de Lucas me dizer: ‘a imigração me pegou, vem buscar o carro'”, lembra Suyanne Amaral, grávida de 3 meses do segundo filho do casal.
O carro de Lucas, de 29 anos, foi parado aleatoriamente em uma blitz policial, segundo Suyanne, na cidade de Marlborough, em Massachusetts, em uma região conhecida pela grande concentração de brasileiros.
Naquele momento, Lucas foi também interpelado por agentes do ICE, o Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos, que intensificaram batidas e operações em busca de migrantes sem documentos desde a chegada ao poder de Donald Trump, em 20 de janeiro.
O republicano se elegeu prometendo combater a migração ilegal no país, que ele disse que vinha “envenenando o sangue” dos Estados Unidos, além de tomar vagas de emprego de americanos e pressionar serviços públicos.
“O agente se aproximou perguntando se Lucas era uma terceira pessoa que eles buscavam”, disse à BBC News Brasil a advogada Eloa Celedon, que representa o brasileiro.
“Ele se assustou e acabou dando informações sobre si mesmo, momento em que os agentes viram que ele estava irregular com o visto. E aí levaram. Era a pessoa errada, no lugar errado, na hora errada.”
O caso de Lucas é o que tem sido chamado pelas autoridades e a imprensa dos Estados Unidos de “dano colateral”.
Nascido no Rio de Janeiro, ele entrou no país em 2017 com um visto de turismo, que permitia a ele ficar por até seis meses. Mas Lucas nunca mais foi embora. Portanto, vive em situação irregular nos Estados Unidos.
Com isso, ele se tornou alvo potencial das políticas de deportação em massa que Trump prometeu levar a cabo.
Para boa parte dos entusiastas de Trump, no entanto, as operações de captura estariam focadas em buscar “criminosos” perigosos e pessoas com ordens de deportação final, o que colocaria a salvo a massa de milhões de imigrantes que vivem no país cujo único malfeito teria sido a entrada ou permanência desautorizadas no país.
Mas, ao fazer operações de busca, o ICE tem repetido que, entre os presos, “haverá dano colateral”, ou seja, detidos sem passagem na polícia ou ordem de deportação.
“Ele não tem nenhuma ficha criminal, nenhuma condenação aqui ou no Brasil. Então, a ficha dele é limpa. A única transgressão é estar aqui de forma irregular”, disse a advogada Eloa Celedon.
Trump, porém, jamais garantiu salvo-conduto a esse grupo. E, recentemente, a Casa Branca, por meio de sua porta-voz, afirmou que quem entra ilegalmente nos Estados Unidos já pode ser considerado um “criminoso”.
Suyanne conta que, quando recebeu a ligação de Lucas, chegou a conversar com um agente do ICE e pediu para que eles a esperassem por 20 minutos, tempo para conseguir acordar a filha pequena do casal e chegar até o local da blitz. Mas os policiais não esperaram.
Lucas foi encaminhado a uma penitenciária de Massachusetts em que, além de imigrantes, há criminosos condenados por crimes diversos.
A BBC News Brasil entrou em contato com o ICE para pedir mais informações sobre as acusações contra Lucas, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
‘Da igreja para casa’
Lucas é atuante na comunidade evangélica. — Foto: Arquivo pessoal via BBC
A família Amaral, conta Suyanne , vivia tranquilamente nos Estados Unidos. O casal é conhecido no mundo evangélico dos arredores de Boston. Ela canta, e ele toca músicas gospel na igreja.
“A nossa vida é casa, trabalho e igreja. Eu sou cantora, ele também canta e toca comigo. Então, a gente vai para as igrejas ministrar. Essa é nossa vida.”
Em uma ligação, Eloa Celodon ouviu de Lucas que os policiais que o pararam estariam buscando outro imigrante, possivelmente com histórico criminal.
“Mas os agentes estão com a agenda de prender o máximo de pessoas, independentemente se está com um processo pendente, um processo de asilo”, relata a advogada.
“Infelizmente, a agenda é deportar o máximo de pessoas.”
Ao menos nos últimos cinco anos, batidas de agentes de migração comuns em governos passados, praticamente deixaram de existir.
Ainda mais nos chamados estados-santuário, aqueles que não colaboram com autoridades migratórias na busca por pessoas irregulares e garante mais direitos aos migrantes, como é o caso de Massachusetts.
É uma surpresa para muitas pessoas que esse tipo de operação, fruto da nova política migratória de Trump, agora esteja acontecendo, inclusive em santuários.
Suyanne conta que muitos brasileiros ainda acreditam que o governo Trump está buscando apenas os imigrantes tidos como “criminosos”, algo que o caso de seu marido põe em xeque.
“Estava todo mundo com o mesmo pensamento: pega criminosos, gente que deve à Justiça, vai para deportação e é isso. Mas não. Quem passou na peneira, está ilegal, vai embora”, diz Suyanne.
“Para quem não está acreditando, eu digo que, quando vocês ouvirem falar que está pegando, é porque eles estão pegando, não duvide, está assustador.”
Apesar de Lucas não ser “prioridade”, ele não deixa de ser um alvo, assim como tantos outros brasileiros em situação semelhante.
Segundo a advogada Eloa Celaron, ela hoje atende ao menos mais um brasileiro na mesma situação.
A comunidade brasileira nos Estados Unidos é composta de 1,9 milhão de pessoas, segundo o Itamaraty.
Nas estimativas mais recentes do Instituto Pew Research, ao menos 230 mil brasileiros vivem sem autorização no país.
Destes, quase 39 mil têm ordem de deportação final, segundo estimativa de 2024 do ICE.
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Entre os brasileiros sem documentos ouvidos pela BBC News Brasil recentemente, há dois grupos: aqueles que tentam não embarcar no pânico e os que vivem tensos e com medo, a ponto de limitar as visitas às igrejas, supermercados brasileiros e festas da comunidade.
“Pode acontecer a qualquer momento. Essa agenda de prender pode ser qualquer pessoa, pode ser na padaria, na rua”, completa a advogada Eloa Celaron.
“O triste é que estão atrás de pessoas que não precisam passar por isso, que estão seguindo as regras direitinho.”
Segundo ela, Lucas estava esperando um momento mais “favorável” para tentar legalizar sua situação. Ele temia a separação da família, caso algo saísse errado em seu processo de regularização.
Uma família de imigrantes
Lucas e Suyanne estão esperando a segunda filha. — Foto: Arquivo pessoal via BBC
A família de Lucas é um exemplo dos múltiplos problemas e políticas de imigração que os Estados Unidos atravessaram nas últimas décadas.
Suyanne chegou ao país há 20 anos, ainda criança, trazida pelos pais, também imigrantes sem documentos.
Ela é parte do que se convencionou chamar de dreamers, ou sonhadores, em português, e tem autorização de ficar no país pelo chamado Daca (Ação Diferida para Chegadas na Infância).
A política de imigração permite que certos imigrantes sem documentos trabalhem e permaneçam no país, sem risco de deportação.
Por outro lado, Suyanne não tem direitos de cidadania comuns aos demais americanos, como o voto ou a extensão da cidadania ao cônjuge.
Ainda em seu primeiro mandato, Trump tentou acabar com o programa e reverter esse status, mas não conseguiu. Ele, porém, limitou seu alcance.
A primeira filha de Suyanne e Lucas, nascida nos Estados Unidos, tem dupla cidadania, brasileira e americana. Já o bebê que Suyanne espera pode não contar com os mesmos direitos.
Uma ordem executiva assinada por Trump no dia da posse retira o direito à cidadania para bebês nascidos a partir do fim de fevereiro de pais e mães que não sejam cidadãos ou residentes permanentes no país.
A ordem foi temporariamente suspensa, e uma batalha judicial de meses é aguardada na Justiça para saber se a interpretação constitucional de Trump será adotada ou rechaçada.
À espera da fiança
Família espera que Lucas possa ser liberado sob fiança. — Foto: Arquivo pessoal via BBC
Lucas foi enviado a um centro de detenção em Plymouth, a cerca de uma hora e meia de sua casa.
A advogada da família reuniu ao menos 14 cartas de recomendação da comunidade brasileira e documentos que comprovam, segundo ela, que Lucas vivia uma vida dentro da lei nos Estados Unidos e pediu ao ICE a soltura mediante pagamento de fiança de US$ 1,5 mil (R$ 8,8 mil).
A expectativa é de que, em até duas semanas, a família tenha uma resposta.
Caso não tenha, a advogada levará o caso a uma corte judicial, onde um juiz estabelecerá se o brasileiro pode ser solto ou não, com o uso de uma tornozeleira eletrônica enquanto anda o processo.
“Normalmente, são dois critérios: perigo e risco de fuga”, diz a advogada Eloa Celedon.
“Lucas tem mais fatores positivos do que negativos. Entrou com visto, é casado com uma pessoa com Daca, paga imposto, é trabalhador. A única questão é que ele está há sete anos sem os documentos.”
Segundo ela, o pintor brasileiro não está em risco de ser colocado em um avião e retirado do país em questão de horas ou dias.
Sua situação garante a ele ao menos três audiências perante um juiz. Isso não é verdade para pessoas que já tenham tido decisões judiciais contrárias à sua permanência no país.
“Acontece, sim, de a pessoa ser pega e embarcada em poucas horas, quando já não há mais espaço para recursos”, diz Celedon.
É nessa esperança de que seu marido não seja deportado de modo relâmpago e que o resultado lhe seja positivo que Suyanne se apega agora.
“Eu sou cristã, eu vejo que Deus tá fazendo alguma coisa. Mas tenho que manter meu pé no chão mais que nunca, tenho uma filha e estou grávida”, completa Suyanne.
“Se ele tiver que voltar ao Brasil, a gente vai atrás dele, a gente não vai ficar separado.”
Uma mulher e dois filhos foram libertados, na manhã desta sexta-feira (31), após terem a casa invadida e serem mantidos reféns por quase quatro horas, no bairro da Santa Cruz, em Salvador. Cinco homens foram presos e um adolescente foi apreendido. Ninguém ficou ferido.
Segundo a Polícia Civil, o grupo fugia de policiais, por volta das 4h30, quando entrou no imóvel. As vítimas são familiares de um dos suspeitos.
Equipes da Polícia Militar chegaram ao local, negociaram a rendição dos suspeitos e a liberação dos reféns. Durante a negociação, a via foi interditada parcialmente como medida de segurança. Quatro pistolas e 17 kg de drogas foram apreendidos.
De acordo com o delegado Arthur Gallas, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), um dos suspeitos presos tem envolvimento na morte de um policial em 2020. Ele estava em liberdade condicional.
“Nós sabemos que alí era o quartel general da facção e que eles atuam com muitos fuzis, atuando em outras áreas de Salvador para dominar outros territórios. É um trabalho que temos que continuar para enfraquecer essa facção”, disse o delegado Arthur Gallas.
Por causa da situação, os ônibus do transporte público de Salvador deixaram de circular pelo bairro da Santa Cruz. Um ponto foi improvisado na altura do Parque da Cidade, no Itaigara.
Mãe e filhos são libertados após terem casa invadida e serem mantidos reféns por homens armados em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia
Operação no Complexo de Amaralina
Mãe e filhos são libertados após terem casa invadida e serem mantidos reféns por homens armados em Salvador — Foto: Divulgação/Polícia Militar
A Polícia Civil da Bahia realiza uma operação desde as primeiras horas desta sexta-feira, para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão, no Complexo de Amaralina.
Mais de 160 policiais, divididos em cerca de 40 equipes, tentam cumprir 12 mandados de busca e apreensão e prisão contra suspeitos de tráfico de drogas e homicídios. Até o início desta tarde, os alvos ainda não tinham sido encontrados.
Segundo a Polícia Civil, as investigações que resultaram na ação, contaram com meses de monitoramento e análise de informações, permitindo identificar suspeitos e atividades ilícitas.
Durante o cumprimento dos mandados, materiais estão sendo apreendidos e encaminhados para a 28° Delegacia Territorial (DT).
Operação é realizada nesta sexta-feira (31), no bairro da Santa Cruz — Foto: Reprodução/TV Bahia
Durante a operação, policiais do Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM) salvaram a vida de uma bebê recém-nascida que estava engasgada. Os agentes foram surpreendidos pelo pai, que estava desesperado e transportava a filha em uma motocicleta, em busca de ajuda.
Ao avistar as viaturas, o homem sinalizou para os policias, que iniciaram as manobras de desengasgo. A recém-nascida voltou a respirar normalmente.
Policiais salvam recém-nascida que se engasgou — Foto: Divulgação/Polícia Civil
A polícia de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, investiga a morte de um adolescente de 15 anos, na madrugada desta sexta-feira (31). Há suspeita de envenenamento após a vítima comer manga e macarrão instantâneo. Ele foi identificado como Jamesson Costa dos Santos.
O corpo da vítima está no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O delegado Eudes Aquino informou que alguns sinais apresentados pelo corpo do jovem indicam envenenamento, mas somente a perícia pode esclarecer o que houve.
Segundo informações apuradas pela produção da TV Subaé, afiliada da Rede Bahia na região, o jovem estava em casa e se sentiu mal após ingerir os alimentos na quinta-feira (30). Ele foi levado pelo irmão a uma unidade de saúde, no distrito de São José, na zona rural de Feira de Santana, por volta das 23h.
Informações do DPT indicam que Jamesson deu entrada na unidade de saúde inconsciente, com poucos batimentos cardíacos, hipersalivação e dilatação anormal da pupila.
O jovem teve uma piora no quadro de saúde, ficou sem batimentos cardíacos e foi encaminhado para a sala de emergência, onde passou por reanimação, além de ter recebido doze aplicações de doses de adrenalina. No entanto, ele não resistiu e o óbito foi confirmado pouco depois da meia-noite.
O corpo foi encaminhado para o DPT, onde vai passar por necropsia. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
Adolescente de 15 anos morre após ingerir manga e macarrão instantâneo. — Foto: Arquivo Pessoal
Depois que o cartão de uma idosa falhou no mercado, um desconhecido pagou por suas compras, desencadeando uma corrente do bem em Chicago, EUA. Lynn Shockey, a idosa, enfrentava dificuldades financeiras e começou a retirar itens do carrinho. Um homem atrás dela percebeu e cobriu as despesas, o que a emocionou profundamente.
Lynn compartilhou a história nas redes sociais, e o ato de gentileza virtualizou, inspirando muitos vizinhos a praticarem pequenos gestos de bondade. Para retribuir, Lynn começou a fazer sopa para os vizinhos. Ela também expressou o desejo de encontrar o desconhecido para agradecer pessoalmente.
Essa corrente de gentileza trouxe uma onda de solidariedade e fez com que muitos se sentissem mais conectados e amparados em Jefferson Park, onde Lynn e o desconhecido residem.
Anna Beatriz Rebouças, a única aluna do Rio Grande do Norte a alcançar nota mil na redação do Enem, conquistou a tão desejada vaga em medicina na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, ficando em primeiro lugar. A divulgação do Sisu 2025, na última segunda-feira (27), trouxe muita emoção para Anna e sua família, que agora colhem os frutos de tanto esforço.
A jornada de Anna não foi fácil. Em entrevista ao G1, ela mencionou as várias reprovações nos vestibulares e a desmotivação que enfrentou, mas sempre viu o esforço como parte de um propósito maior. Desde muito jovem, sonhava em ser médica e, aos 15 anos, prestou o primeiro Enem como treineira. Ao longo dos anos, fez a prova sete vezes, enquanto tentava outros vestibulares.
A preparação de Anna era intensa, priorizando os estudos. Para chegar até Mossoró, onde fazia o cursinho, ela viajava 35 km todos os dias. Além das seis horas de aula, estudava mais quatro horas em casa. A rotina no ano da aprovação envolvia aulas pela manhã e prática de questões e simulados pela tarde e noite.
O apoio familiar foi crucial para Anna, que será a primeira médica da família. Ela destaca que o suporte dos familiares foi essencial para sua persistência e sucesso. Anna deixa uma mensagem para aqueles que, como ela, batalham por cursos difíceis: “As dificuldades vão surgir, mas a persistência e a dedicação sempre levam ao sucesso. Não se abale com as derrotas, elas fazem parte do processo.”
Para o futuro, Anna planeja se dedicar aos estudos e à carreira, com o objetivo de ser a melhor médica possível para seus pacientes. Ela está determinada a concluir o curso com foco e excelência.