Vidraceiro, pai de três filhos e sem envolvimento com a criminalidade. É assim que Eddycarlos de Souza Lopes, de 40 anos, que morreu após ser atingido por uma bala perdida no bairro de Pernambués, em Salvador, é definido por familiares e amigos.

O crime aconteceu na madrugada de terça-feira (2), na frente da casa em que Eddycarlos de Souza morava, na Avenida São Paulo. Ele aguardava o filho, que está em fase de testes para integrar um time de futebol na Região Metropolitana de Salvador, chegar na rodoviária, para buscá-lo.

“Meu pai é um homem trabalhador, de família, tinha três filhos, não era envolvido com crime. A bala que o atingiu foi perdida”, contou uma das filhas do vidraceiro, Ana Carolina Lopes.

Além do vidraceiro, outro homem, identificado como Jefferson Pinheiro Melo dos Santos, de 27 anos, foi morto a tiros pelos criminosos. Informações iniciais apontam que ele era o alvo dos atiradores.

“Eu estava em casa com minha esposa preparando um lanche para a gente, e ele [Eddycarlos] estava embaixo. De repente, ouvimos um barulho, o corre-corre e agonia”, disse o irmão da vítima, Cristiano Lopes.

“Quando ele foi alvejado, tentou correr para dentro de casa e caiu no meio da escada”, lamentou.

Muito abatido, o outro irmão da vítima, Cláudio Luiz, contou que a família se surpreendeu com a situação.

“Foi uma situação difícil, de impotência, a gente não sabia quem chamar, a quem recorrer. Infelizmente meu irmão foi a óbito, uma situação desagradável, inexplicável “, disse o outro irmão da vítima.

Tanto Jefferson quanto Eddycarlos foram socorridos e levados para um hospital da região, mas não resistiram aos ferimentos. O caso é investigado na 2ª Delegacia de Homicídios. A unidade tenta descobrir a autoria e motivação do crime.

O sepultamento do corpo de Eddycarlos Souza aconteceu na tarde de terça, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação.

Fonte G1 Bahia

Um homem foi preso suspeito de envolvimento no assassinato da agente de limpeza pública e treinadora de um time de futebol infantil, Gabriela Cristina Santos, de 41 anos, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

O crime aconteceu no dia 1° de março de 2024 e a prisão foi realizada na noite de terça-feira (2), no mesmo bairro em que Gabriela Cristina foi morta. Segundo a Polícia Civil, o homem, identificado como Rafael Ferreira Lessa, de 30 anos, estava com um mandado de prisão temporária em aberto.

De acordo com a polícia, o suspeito foi levado para a Coordenação da Polinter Interestadual e o caso segue investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH), que investiga o crime.

A previsão é de que o suspeito seja ouvido na 1ª DH, onde está à disposição da Justiça.

Crime

Gabriela Cristina Santos foi morta a facadas no Largo de Santana, uma região que reúne diversos bares, restaurantes, sorveteria e um ponto famoso de vendas de acarajé. Ela era moradora de Itaparica, onde era conhecida pelo apelido “Papuda”.

Segundo a família da vítima, Gabriela estava em Salvador porque havia saído de férias da prefeitura na semana em que foi morta. Ela estava a passeio na capital baiana, algo que costumava fazer com frequência devido a proximidade de Itaparica, cerca de 1h de viagem.

A vítima era mãe de uma adolescente de 15 anos e de uma jovem de 22. A filha mais velha estava grávida quando Gabriela Cristina foi morta.

Segundo a Polícia Civil, ainda não há informações sobre a motivação do crime. No entanto, testemunhas contam que Gabriela Cristina teria sido morta após discutir com um homem que conheceu na região.

O corpo da vítima foi velado e sepultado sob forte comoção em Itaparica. Os alunos do time de futebol que a agente de limpeza treinava prestaram uma homenagem para ela durante a despedida.

Fonte G1 Bahia

Policiais militares atiraram em moradores do bairro de Santa Luzia do Lobato, no Salvador, enquanto tentavam encerrar uma festa com grandes aparelhos de som automotivos, conhecida como “paredão”. Ninguém ficou ferido.

O caso aconteceu na noite de terça-feira (2). As imagens mostram o momento que os policiais atiram na direção dos moradores, que correm para dentro de casas. É possível ouvir gritos de mulheres e barulho dos tiros.

Em nota, a Polícia Militar informou que os agentes foram acionados para averiguar uma denúncia da festa de paredão, com uso de drogas, na região.

Os policiais contaram que foram recebidos no local com garrafadas e pedradas, e precisaram usar agentes químicos para dispersas as pessoas. No entanto, as imagens que a reportagem teve acesso mostram apenas os policiais atirando nos moradores.

Foco de polêmica, as festas paredão foram proibidas na Bahia em outubro de 2021. A proibição foi adotada após uma chacina, que terminou com seis mortos em Salvador, e também por conta da pandemia de coronavírus, já que os eventos geram aglomerações.

Apesar disso, as festas paredão não deixaram de ocorrer. A Polícia Militar segue repreendendo episódios tanto na capital quanto no interior do estado.

Guerra de espadas em Periperi

Duas pessoas foram detidas e 19 espadas apreendidas por equipes do BPatamo entre a noite de terça e a madrugada desta quarta-feira (3), em Periperi, bairro que também fica no subúrbio da capital baiana.

Conforme a Polícia Militar, os agentes, que faziam rondas para evitar a prática de guerra de espadas na região, flagraram o momento que uma mulher guardava nove artefatos no interior de um estabelecimento comercial. Ela foi detida e os fogos apreendidos.

A segunda apreensão ocorreu às 2h30min desta quarta, quando os militares flagraram um homem, que portava uma tornozeleira eletrônica, com 10 espadas na Rua Doutor Almeida.

Os dois foram detidos e encaminhados para a Central de Flagrantes, onde todas as providências cabíveis foram adotadas.

Fonte G1 Bahia