A Igreja de São Francisco, mais conhecida como “igreja de ouro”, em Salvador, passará por uma preparação antes que seja realizada a reforma do imóvel. A ação envolve a elaboração do projeto de restauração, que ainda não tem data para ficar pronto.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que administra a obra sob supervisão do Ministério da Cultura.

Com o custo de R$ 1,2 milhão, o documento já tinha sido contratado quando aconteceu o desabamento que matou a turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos. Enquanto a reforma acontece, o imóvel seguirá interditado.

“A igreja vai precisar de escoramento, estabilização e limpeza emergencial, para que depois a gente possa contratar uma obra completa, recuperando não só a estrutura do forro, do telhado, mas também as obras de arte, os bens móveis que estão integrados ali, e aí ela poder ser completamente restaurada”, afirmou o presidente do Iphan, Leandro Grass.

Teto da Igreja de São Francisco desabou em Salvador e matou a turista Giulia Panchoni Righetto, de Ribeirão Preto (SP) — Foto: Defesa Civil de Salvador/Redes Sociais

Teto da Igreja de São Francisco desabou em Salvador e matou a turista Giulia Panchoni Righetto, de Ribeirão Preto (SP) — Foto: Defesa Civil de Salvador/Redes Sociais

O valor dos reparos também não foi contabilizado ainda, mas, conforme detalhou Grass, o serviço não será barato. Em entrevista ao g1, o presidente do Iphan ressaltou a importância de apoios financeiros e convocou interessados.

“O Iphan já tinha um projeto contratado, que era um projeto de restauração, para depois fazermos as obras, com recursos do governo federal. E também já fazendo um convite para outros poderes públicos, sociedade e poder privado, porque esse movimento de recuperação vai demandar muitos recursos e a gente vai precisar dessa união de esforços para colocar essa igreja de pé novamente”, disse.

Segundo o representante do órgão federal, esse montante será apontado pelo laudo técnico, já que ele detalha todas as etapas da reforma e quanto cada uma vai custar. Quanto ao prejuízo com o desabamento, para ele, não pode ser apontado em dinheiro.

“O valor do patrimônio, o valor da arte, não é estimado financeiramente. Ele é estimado pelo seu simbolismo, pela sua importância. Vale registrar que esse caso específico foi um caso trágico, porque nós perdemos uma vida. Uma vida tem valor inestimável. O valor da estrutura da igreja também não podemos precisar porque isso não é um produto, não é algo que vai para o mercado, portanto não tem valor financeiro estabelecido”, falou.

Parte de teto de igreja de ouro desabou — Foto: Reprodução

Parte de teto de igreja de ouro desabou — Foto: Reprodução

Na segunda, o Iphan revelou que a igreja recebeu a última vistoria técnica em maio de 2024. Na ocasião, não foram identificados indícios de problemas estruturais que pudessem provocar o desabamento da forração do teto do templo, como aconteceu no dia 5 de fevereiro.

O caso segue sob investigação e ainda não há ainda um prazo para a conclusão do inquérito. Na segunda-feira (10), a Polícia Federal (PF) assumiu a investigação integral do desabamento. Antes, a PF dividia as funções com a Polícia Civil da Bahia, que, neste período, ficou responsável por ouvir testemunhas do desabamento.

No entanto, por se tratar de um imóvel tomado pelo Iphan, o trabalho será concentrado no órgão federal. Com isso, os depoimentos colhidos pela PC passarão para a PF, que tocará o caso. O processo de realização da perícia ainda está em andamento.

Sete igrejas interditadas em Salvador

Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal

Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal

Além da Igreja de São Francisco, outras seis igrejas católicas estão interditadas em Salvador. Elas foram fechadas após serem encontradas irregularidades em vistorias conjuntas do Iphan e Defesa Civil da cidade.

A informação foi confirmada pelos órgãos nesta quinta-feira. As ações foram intensificadas após o acidente da semana passada. Foram fechadas:

  • Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem;
  • Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat;
  • Igreja dos Perdões;
  • Igreja de Nossa Senhora da Ajuda;
  • Igreja da Ordem Terceira do Carmo;
  • Igreja de São Miguel.

Segundo o Iphan, as visitas estão acontecendo de forma preventiva e contam com apoio de uma força-tarefa com 15 servidores de outros estados. Os dias exatos das visitas nesses locais não foram detalhados.

Ao todo, a Bahia tem 184 bens tombados pelo órgão, sendo que 51 são igrejas. Delas, 30 estão na capital baiana. Pelo menos 12 já foram vistoriadas e 8 precisam de reformas, conforme levantamento da TV Bahia.

“O Iphan sempre fiscalizou os bens tombados. Nós temos aí o incremento dessas ações em 2024. Fiscalizamos 2.395 bens. O que nós temos feito agora é integrar mais essas ações com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, porque nós temos, em alguns desses bens, situações que carecem também da intervenção desses outros órgãos”, disse o presidente do Iphan, Leandro Grass.

Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal

Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal

Segundo Grass, ainda não há um balanço de todos os problemas encontrados nas igrejas vistoriadas, porém é possível detalhar o que normalmente é encontrado nesses lugares.

“No geral, o que nós podemos dizer que é uma realidade comum em vários centros históricos, em razão do modelo construtivo, dos tipos de material, muitos desses imóveis são feitos de madeira, madeira que está sendo corroído por cupins. Telhados que também tem uma estrutura de madeira passam por essa situação. Temos aí também, por falta de manutenção de muitos desses imóveis por parte dos proprietários, problemas de rachaduras, infiltração, mofo, excesso de sujeira”, disse.

Para que as igrejas possam reabrir, é preciso que todas as falhas apontadas na vistoria sejam corrigidas. Tarefa que, segundo o Iphan, é de responsabilidade dos proprietários. Porém, eles podem receber ajuda de custo.

“A legislação brasileira diz que os proprietários de imóveis tombados como bem cultural e que não têm condições financeiras de cuidar deles adequadamente, podem receber recurso público, mas não significa que vão”, explicou.

Por fim, Grass ressaltou que, apesar de participar das vistorias, as recomendações de fechamento dos templos não parte do órgão, assim como a autorização de reabertura.

“O Iphan vai com ela para que também atualize o seu banco de dados a respeito do estado dos bens, mas quem vai determinar o alto risco, com possibilidade de risco é a Defesa Civil da cidade”, afirmou.

Fechamento da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem

No caso da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, segundo detalhou a paróquia, a interdição aconteceu na quarta-feira (12). A decisão partiu da situação precária do teto do templo, que teve a construção concluída em 1743 e foi tombado em 1938.

“A recomendação foi de que a gente evacuasse de imediato, pois corre o risco do telhado cair. E a gente tem que zelar pela vida das pessoas que vêm à paróquia”, afirmou Carlene Souza, representante da Coordenação Paroquial.

O lugar é conhecido por abrigar a imagem do Bom Jesus dos Navegantes e a embarcação Galeota Gratidão do Povo, que faz o transporte durante a tradicional procissão marítima, em 1° de janeiro, na festa de Bom Jesus dos Navegantes.

“A gente já vinha há bastante tempo sinalizando isso aos órgãos competentes”, ressaltou.

Confira como está o templo religioso:

Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal

Durante a interdição, quando os fiéis não poderão acessar o lugar onde normalmente são realizadas as missas, o Salão Hugo Rossini será usado para as celebrações e as atividades planejadas da paróquia.

O projeto de restauração da igreja já foi encaminhado para o Iphan e Ministério da Cultura. A paróquia aguarda a liberação dos recursos para a execução da obra.

“A nossa necessidade é que haja uma aceleração desse início de obras, para que se possa ter uma segurança de que a coisa está acontecendo e que não vai ruir o patrimônio, porque é muito mais fácil manter do que restaurar”, disse o padre Edílson Bispo Conceição, coordenador da Comissão Arquidiocesana de Bens Culturais.

A Prefeitura de Feira de Santana segue intensificando os trabalhos de prevenção e conscientização no distrito de Humildes após o registro de casos de diarreia possivelmente relacionados à qualidade da água do Rio Humildes. Equipes da Secretaria do Meio Ambiente (Semmam) e da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) estiveram na localidade para orientar os moradores sobre a importância da preservação ambiental e limpeza do rio.

De acordo com o diretor de Planejamento e Educação Ambiental da Semmam, João Dias, uma reunião entre diversas secretarias definiu ações emergenciais para a região. “Expliquei aos moradores a importância de não jogar lixo no rio e os problemas ambientais que estão ocorrendo. Também informamos que será realizada a limpeza do lixo dentro e nas margens do rio”, afirmou.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também integra a força-tarefa de prevenção e combate à doença. De acordo com a investigação epidemiológica, os casos de diarreia na região não se tratam de surto, porém mantêm em níveis elevados ao longo do ano, em comparação com outras localidades. Moradores das áreas afetadas foram entrevistados para identificar possíveis fatores que contribuem para o aumento dos registros.

Com essas ações, a Prefeitura de Feira de Santana reforça seu compromisso com a saúde pública e a preservação ambiental, buscando soluções sustentáveis para melhorar a qualidade de vida da população de Humildes.

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e perigo comum – pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.

A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da decisão.

O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Curitiba dois anos e meio após a morte de Arruda, que foi baleado em 9 de julho de 2022 por Guaranho enquanto comemorava seus 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT. Relembre caso mais abaixo.

A defesa de Guaranho reforçou nesta quinta (13), antes da leitura da sentença, que ele agiu em legítima defesa e que o crime não teve motivação política. Na quarta-feira (12), o agora condenado afirmou no júri que não foi à festa da vítima “nem para brigar, nem para matar”.

O júri popular foi presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.

Jorge Guaranho saiu preso do julgamento — Foto: Fernando Castro/g1

Jorge Guaranho saiu preso do julgamento — Foto: Fernando Castro/g1

Na decisão que foi lida por volta das 14h, a juíza ressaltou que ele utilizou arma da União para cometer o crime. Ela destacou também a intolerância política que Guaranho demonstrou com as ações.

Standler também citou a promulgação da lei estadual contra intolerância política que institui o dia 9 de julho – data do crime – como o Dia Estadual de Luta contra a Intolerância Política e de Promoção da Tolerância Democrática.

Ela afirma que antes do crime não havia necessidade de se alertar quanto a isso e considera que o caso marca essa necessidade.

A juíza determinou ainda a prisão imediata de Guaranho, que cumpria prisão domiciliar desde setembro do ano passado. O Departamento de Polícia Penal do Paraná deve definir para qual presídio ele será encaminhado.

Quem foi ouvido no júri?

O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro — Foto: Reprodução

O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro — Foto: Reprodução

No decorrer do júri foram ouvidas nove pessoas, entre testemunhas, informantes e peritos. Por último, o réu foi interrogado. Ele deu a versão dele dos fatos publicamente pela primeira vez.

A captação de imagens não foi liberada no julgamento. O réu foi fotografado ao lado de fora do tribunal, pouco antes do início do terceiro dia de júri nesta quinta (13).

Foram ouvidos no julgamento:

  1. Jorge Guaranho, réu pelo crime.
  2. Alexandre José dos Santos, amigo de Marcelo Arruda, servidor público e que também estava na festa;
  3. Simone Cristina Malysz, perita que participou da elaboração de laudos do caso;
  4. Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho que tinha acesso às imagens das câmeras de segurança da associação onde ocorria a festa de Arruda por fazer parte da direção onde ocorria a festa;
  5. Marcelo Adriano Ferreira, policial penal do Presídio de Catanduvas que trabalhava com o agora ex-policial penal Jorge Guaranho;
  6. Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, tio de Pâmela, companheira de Marcelo Arruda e que comprou decoração da festa;
  7. Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Marcelo Arruda que participou da festa e viu discussão que terminou com o assassinato;
  8. Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, perita responsável por laudos de imagem;
  9. Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava no local do crime;
  10. Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, que detalhou o dia do assassinato e deu declarações sobre a dificuldade de criar o filho mais novo após a morte do pai. Na época, o bebê tinha 40 dias de vida;

Relembre o crime

Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Arruda, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.

Arruda foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022. Ele deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.

Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficou preso até setembro 2024.

Ele cumpria prisão domiciliar até a condenação desta quinta-feira (13).

O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos do crime, segundo a Polícia Civil:

Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia — Foto: Arte/g1

Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia — Foto: Arte/g1

Defensora das causas dos povos originários, a artista mobilizou fãs e admiradores para ajudar. Assim, Anitta arrecada cinco toneladas de alimentos para a aldeia indígena Marakanã, no Rio de Janeiro. Em 14 shows de ensaios da turnê da cantora, ela decidiu que haveria arrecadação de alimentos não perecíveis para esta e outras comunidades.

“Arrecadaremos alimentos não perecíveis, que serão distribuídos para aldeias em estado de vulnerabilidade. Juntos, somos mais fortes”, ressaltou Anitta nas redes sociais. “Esse também deve ser um compromisso de todos nós, brasileiros.”

Permanentemente ligada, Anitta é conhecida pelo altruísmo. Em 2024, construiu uma escola em uma área muito carente da África e, em 2023, durante o Carnaval, ajudou um ambulante que havia sido roubado. O Só Notícia Boa acompanha os atos de gentileza e solidariedade da cantora. “Estamos falando de vidas de crianças, idosos, mulheres e homens, que são a chave da sabedoria que precisamos para salvar o planeta.”

Madrinha da causa

Convidada, Anitta aceitou. Ela é a madrinha do Projeto Jovens Indígenas e Comunicadores de todos os biomas do Brasil. Ela quer aproveitar a reunião da COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA), para tratar das causas indígenas.

“Nossos povos originários são guardiões da natureza e estão ameaçados pelas mãos de criminosos covardes e interesses políticos que não priorizam as causas humanitárias, ancestrais e a preservação do meio ambiente”, ressaltou.

Para a cantora, é urgente o debate e a tomada de ações. Segundo ela, na COP 30, esse e outros temas relacionados aos indígenas devem ser prioridade porque todos se referem ao bioma do Planeta e à sustentabilidade. A artista colocou suas redes sociais à disposição dos indígenas.

Comunidade Marakanã  

A comunidade indígena Marakanã, no Rio, fica ao lado do famoso estádio de mesmo nome e reivindica a demarcação deste território, como reparação histórica.

O território ficou sem destino até 2006, quando foi retomado por um grupo de indígenas de diversos povos, que o reivindicaram como um território indígena sagrado. Nas redes sociais, agradecimentos à Anitta.

“Nós, da aldeia Marakanã, queremos agradecer imensamente pelas doações de alimentos arrecadadas durante os ensaios da Anitta nos dias 8 e 9 de fevereiro, na Marina da Glória, no Rio”, disseram os indígenas nas redes. “Essa parceria fortalece nossa luta por visibilidade, combatendo o racismo e o preconceito.”

Um ajuda o outro

De acordo com a Comunidade Marakanã, os alimentos serão doados também para outros necessitados. “Além de alimentar os parentes aldeia Marakanã, foram doados alimentos para outras comunidades indígenas do Rio de Janeiro e parentes em vulnerabilidade social em favelas e subúrbios da cidade.”

Antes dessa doação, Anitta participou, em Brasília, de um encontro com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e representantes de várias etnias. Na conversa, mais uma vez, a artista reiterou sua defesa pelo tema.

Na ocasião, Anitta ganhou um quadro com um cocar usado pela ministra, um facão das mulheres Kayapó, utilizado no plantio de suas roças de alimentos, e vários artesanatos kayapó.

Ao defender as causas indígenas, Anitta ressalta: "Estamos falando de vidas de crianças, idosos, mulheres e homens que são a chave da sabedoria que precisamos para salvar o Planeta.” - Foto: @anitta

Ao defender as causas indígenas, Anitta ressalta: “Estamos falando de vidas de crianças, idosos, mulheres e homens que são a chave da sabedoria que precisamos para salvar o Planeta.” – Foto: @anitta

O doloroso tratamento para combater essa doença pode estar com os dias contados. Cientistas sul-coreanos trabalham na transformação de células de câncer em saudáveis, de tal maneira que o paciente que luta contra a doença terá um caminho menos sofrido.

Um novo estudo em curso na Coreia busca “matar” as chamadas células mutantes. Há um momento exato para intervir, segundo os pesquisadores, quando elas não são líquidas nem sólidas, mas estão em um estado próximo ao gasoso. O estudo foi publicado na Advanced Science.

“Este é o primeiro estudo a revelar que uma pista importante que pode reverter o destino [do desenvolvimento do tumor] está escondida neste exato momento de mudança”, disse Kwang-Hyun Cho, coautor do estudo no Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul.

Momento certo

Os pesquisadores comparam o método ao momento imediatamente antes de a água atingir 100°C, quando não é mais líquida nem totalmente gasosa.

Há um momento em que uma célula está entre o estado canceroso e o normal, tornando possível fazê-la retornar ao caminho da saúde com um estímulo sutil.

O experimento foi realizado em um tumor cultivado em laboratório, em uma placa de Petri.

Revelação importante

Apesar de estar em fase inicial, o estudo apresenta perspectivas bastante otimistas. “Este estudo revelou em detalhes na rede genética, quais mudanças ocorrem dentro das células por trás do processo de desenvolvimento do câncer, o que era considerado um mistério até agora”, disse Kwang-Hyun Cho ao The Economist Indian Times.

No artigo publicado na Advanced Science, os autores escrevem que avanços recentes na modelagem de redes regulatórias genéticas ofereceram insights sobre o controle do destino das células, especialmente interessantes para as “transições críticas”.

Porém, há uma enzima que dificulta a quebra de certas proteínas relacionadas ao câncer, permitindo que se alimentem do crescimento do tumor. Ao bloquear a enzima, os tumores cultivados em laboratório pararam de crescer e voltaram a um estado saudável de funcionamento normal, o que é bastante positivo.

Segundo os pesquisadores, há um longo caminho a percorrer antes que o tratamento possa ser disponibilizado.

As pesquisas estão em fase inicial, mas dão um ânimo ao indicarem que é possível "matar" células de câncer e torná-las saudáveis. Foto: Freepik

As pesquisas estão em fase inicial, mas dão um ânimo ao indicarem que é possível “matar” células de câncer e torná-las saudáveis. Foto: Freepik

Ah! O amor… Imagine viver ao lado de uma pessoa por quase um século. É possível, e o Brasil comprova: o casamento mais longo de que se tem notícia já dura 84 anos, e os dois moram no Ceará. Tiveram 13 filhos, além de 55 netos, 60 bisnetos e 14 tataranetos.

Seu Manoel Angelim Dino, de 105 anos, e Dona Maria de Sousa Dino, de 101, estão casados desde 20 de novembro de 1940. Lá se vão 84 anos e 77 dias de união.

A LongeviQuest, organização internacional que monitora e mapeia supercentenários em todo o mundo, confirmou a informação. É uma linda história de amor à primeira vista e de muita luta para sobreviver.

Amor à primeira vista

Tudo começou em 1936. Seu Manoel e Dona Maria trabalhavam no campo, cada um ajudando sua família. Ele tinha ido à região de Almeida para buscar um carregamento de rapaduras, quando, pimba! Viu a bela mocinha… Segundo o homem apaixonado, foi “amor à primeira vista”.

Seu Manoel disse que não conseguia pensar em mais nada, só na beleza daquela jovem. Ele a convidou para dar um passeio e falou do seu amor. Mas, antes, teve de convencer os pais da moça, que resistiam, claro, ao casamento com um “desconhecido”.

Determinado, Seu Manoel convenceu os sogros, conquistou os dois e, assim, namoro e noivado fluíram. Em novembro de 1940, eles se casaram. Na época, ele tinha 21 anos; ela, 17.

Muito trabalho

Como ambos vinham de famílias humildes, os dois tiveram de trabalhar duro para, aos poucos, construírem a vida. Seu Manoel e Dona Maria ficaram anos cultivando tabaco enrolado.

Eles contam que era um trabalho difícil e cansativo. Mas venceram, e a família foi crescendo. Dos 13 filhos, nove estão vivos. A família é bastante unida e segue aumentando.

Só Notícia Boa adorou conhecer esse casal que demonstra que o amor vence todas as adversidades!  Nossa equipe deseja felicidades e muita saúde.

Dona Maria olha para Seu Manoel com carinho e amor. Essa união rendeu 13 filhos, 55 netos, 60 bisnetos e 14 tataranetos. Foto: LongeviQuest

Dona Maria olha para Seu Manoel com carinho e amor. Essa união rendeu 13 filhos, 55 netos, 60 bisnetos e 14 tataranetos. Foto: LongeviQuest

Guardada com carinho está a foto pintada, como se usava na época, do casal quando se conheceu nos anos de 1930/1940. Foto: LongeveQuest/G1

Guardada com carinho está a foto pintada, como se usava na época, do casal quando se conheceu nos anos de 1930/1940. Foto: LongeveQuest/G1

A coqueluche é uma doença altamente contagiosa e pode ser prevenida por vacina. Uma pessoa contaminada por coqueluche, doença que compromete o aparelho respiratório, pode transmitir até para 17 pessoas. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para acabar com a cadeia de transmissão. Em Feira de Santana, o exame para detecção da doença é feito no CSE (Centro de Saúde Especializada) com a coleta de material da nasofaringe, entre segunda-feira e sábado, das 8h às 11h30. 

Somente entre novembro de 2024 e até as duas primeiras semanas de fevereiro, foram confirmados 21 casos de coqueluche no município. A doença compromete o aparelho respiratório e se caracteriza por tosse de 14 dias ou mais evoluindo com crises de tosse prolongada. Em crianças menores de 1 ano pode levar à morte.

A enfermeira referência da Vigilância Epidemiológica, Tâmara Souza, adverte a importância da detecção precoce e a vacinação que deve ser aplicada em bebês aos dois, quatro e seis meses de vida por meio da pentavalente com primeiro reforço aos 15 meses com a DTP e o segundo reforço aos 4-6 anos, e em gestantes com a vacina DTPa. 

“A coqueluche é importante causa de morbimortalidade em menores de 1 ano e pode ser transmitida até a quarta semana após o contágio”, explica. Ela acrescenta que a transmissão acontece por partículas de gotículas de saliva contaminadas pela bactéria Bordetella Pertussi expelidas ao tossir, espirar e durante a fala. 

A enfermeira alerta ainda que pessoas com sintomas semelhantes aos da gripe, como coriza, mal estar, febre, tosse seca de 14 dias ou mais (ou 10 dias em bebês), guincho (som) respiratório, vômitos pós tosse devem procurar uma unidade de saúde onde será notificada e, sendo necessário, encaminhada para o CSE para realização do exame. 

“O material da nasofaringe será coletado e encaminhado para o Lacen. O resultado fica pronto em torno de cinco dias. Mas, antes disso, é iniciado o tratamento com antibiótico e é dando início a quebra da cadeia de transmissão na residência do paciente e nos locais onde ele frequentou”, pontua.

Feira de Santana pode sediar os Jogos Estudantis do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (JIIFBA), que vão ocorrer no segundo semestre de 2025. Nesta quarta-feira (12), o secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Cristiano Lôbo, esteve com a diretora-geral do IFBA, Erika Lima, e a secretária executiva do Instituto Pensar Feira, Nathalia Oliveira, para reforçar o apoio da secretaria com a realização dos jogos na Princesa do Sertão.

“Os jogos estudantis proporcionam uma oportunidade para que estudantes de diferentes locais se conheçam e interajam, promovendo a integração social e cultural. Isso pode ajudar a criar laços entre os jovens e fortalecer a identidade local. Além disso, a realização pode beneficiar a economia local, sem falar na possibilidade que esses eventos têm de colocar a cidade em evidência, promovendo-a como um destino para futuros eventos esportivos e culturais. Assim, os jogos estudantis não apenas beneficiam os estudantes, mas também têm um impacto positivo nas comunidades locais, contribuindo para o seu desenvolvimento social e econômico”, ressalta o secretário Cristiano Lôbo.

A competição reúne cerca de 1.500 estudantes de diversos campi do IFBA e conta com 13 modalidades esportivas, incluindo atletismo, com corrida, arremesso de peso, lançamento de dardo e salto em altura, judô, natação, tênis de mesa, xadrez, basquete, futsal, handebol, vôlei de praia e voleibol. A proposta do JIIFBA entende o esporte como um fenômeno cultural com função social, sendo um meio de integração e bem-estar para os participantes.

“Além da visibilidade que traz para a cidade, os jogos mostram Feira de Santana para todo o Brasil. É um evento de grande porte, com forte impacto social, dá para ousar e fazer Feira ser esse polo. 24 caravanas que chegam trazendo atletas, comissão técnica, professores, famílias. Durante uma semana, a cidade respira esporte”, afirma a diretora-geral do IFBA, Erika Lima.

Além disso, a iniciativa movimenta setores como comércio, turismo e serviços, fortalecendo a identidade esportiva da cidade. A expectativa é que R$ 5 mi sejam injetados na economia local durante os seis dias de evento.  

“Feira de Santana tem tudo para ser referência na realização de grandes eventos, é a segunda cidade mais importante da Bahia e o lugar ideal para sediar esse projeto tão significativo que vai impulsionar o município como um todo. Temos restaurantes e uma rede hoteleira estruturada. O Pensar Feira articula esse movimento e explora a infraestrutura que a cidade tem para receber um campeonato desse porte”, destaca a secretária executiva do Instituto, Nathalia Oliveira.

Demais pastas municipais, como a Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico e Secretaria de Mobilidade Urbana, também já estiveram com a organização dos JIIBA e manifestaram apoio à iniciativa. A decisão final sobre a escolha da cidade sede dos jogos será divulgada até o mês de março. 

O prefeito José Ronaldo de Carvalho assinou, na manhã desta quinta-feira (13), durante reunião com professores no auditório da Secretaria de Educação, a autorização para abertura de processo administrativo de chamamento público objetivando a realização da venda dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), a fim de receber antecipadamente os créditos. Os recursos serão destinados 60% para o magistério e 40% para o município dar manutenção à educação.

O chamamento público, que será publicado no Diário Oficial do Município de Feira de Santana nas próximas horas, é direcionado a bancos ou instituições financeiras interessadas em participar do processo que visa a antecipação do pagamento dos recursos. O pagamento está previsto para ocorrer possivelmente em 2026.

Têm direito aos precatórios do Fundef os professores que estiveram na ativa entre os anos de 1997 a 2006, período em que a União repassou a menor os valores para os municípios. A antecipação do pagamento é uma reivindicação da categoria, com adesão individual opcional, mediante deságio a ser realizado junto a uma instituição financeira.

Durante reunião com o prefeito, estiveram presentes centenas de professores, o vice-prefeito e secretário de Educação, Pablo Roberto; o secretário de Comunicação, Joilton Freitas; o procurador geral do Município, Guga Leal; o diretor-presidente da Agência Reguladora de Feira de Santana, Moura Pinho; o líder do Governo na Câmara, vereador José Carneiro; e o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Hamilton Ramos.

A professora Naldira Souza Costa comemorou o avanço no processo para antecipação dos precatórios e destacou a importância do apoio do prefeito José Ronaldo ao pleito dos docentes.

O diretor do Complexo Integrado de Educação Básica, Profissional e Tecnológico (CIEBTEC), localizado em Itabuna, cidade do sul da Bahia, Denelísio Nobre, foi afastado do cargo após estudantes denunciarem atos de importunação sexual, assédio moral e racismo.

A medida foi tomada pela Secretaria de Educação da Bahia (SEC) após os estudantes procurarem a advogada Úrsula Matos, depois que ela fez uma palestra na unidade, para comentar sobre os comportamentos do diretor.

“Fui convidada pelo CIEBTEC para dar duas palestras: uma sobre violência doméstica e a outra sobre assédio sexual e moral na escola e no trabalho. Ao final da palestra mais de 20 adolescentes e jovens me cercaram e começar a relatar as coisas que estavam vivendo protagonizadas pelo diretor Denelísio Nobre”, afirmou.

“Meninas que me falaram sobre oferta de valores para fazer favores, como dar um beijo. Valores sexuais né. Teve uma delas que ele chegou a ofertar R$ 200 para que desse um beijo na boca dele”, contou a advogada.

Diretor do CIEBTEC é afastado de cargo após estudantes denunciarem importunação sexual e racismo — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Diretor do CIEBTEC é afastado de cargo após estudantes denunciarem importunação sexual e racismo — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

As denúncias de racismo, importunação sexual e assédio moral foram registradas na Delegacia Territorial (DT) de Itabuna. Os detalhes da investigação estão sob segredo de Justiça.

Por meio de nota, a Secretaria de Educação do Estado disse que afastou o servidor assim que tomou conhecimento das denúncias. Afirmou ainda que um processo de investigação foi aberto para apurar o caso, e que a direção do Núcleo Territorial de Educação do Litoral Sul 05 tem dialogado com a comunidade escolar.

Para a TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia na região, o diretor negou todas as acusações e disse que desconhece o teor das denúncias. Ressaltou que tem mais de 30 anos de serviços prestados na educação em Itabuna, sem nenhum tipo de reclamação.

Reunião com ‘linguajar juvenil’ e insistência por beijo

Segundo Úrsula Matos, os estudantes denunciaram o comportamento do diretor durante uma reunião que aconteceu em 2024, onde ele teria usado palavras com teor sexual.

“Nessa reunião Denelísio, que é o diretor, proibiu a entrada da vice-diretora e dos professores. Uma das mães chegou lá para entregar um objeto para uma aluna e ele disse: ‘Vaza daqui. Entrega e vaza’. Nessa reunião, que a gente não sabe qual o propósito, ele disse que tinha utilizado linguajar dos adolescentes. E aí ele começou a falar coisas absurdas”, relatou.

Um dos estudantes, que preferiu não revelar a identidade, contou que o diretor pediu para que os alunos não se assustassem, porque ele iria “falar na linguagem juvenil”, que “quem quisesse pegar ele, tava de boa” e que “quem era gay, que podia dar mesmo, e que mulher podia dar também, só que tinha que ter cuidado para não engravidar e ficar com os peitos murchos, caídos”.

“A reação de todo mundo foi ficar estagnado, porque ninguém conseguiu saber o que fazer ali”, relembrou o aluno.

Diretor do CIEBTEC é afastado de cargo após estudantes denunciarem importunação sexual e racismo — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Diretor do CIEBTEC é afastado de cargo após estudantes denunciarem importunação sexual e racismo — Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

Uma outra jovem que estudou no CIEBETEC, que também não quis revelar o nome, disse que foi assediada pelo diretor durante uma viagem da escola.

“A banda que eu participo foi para uma viagem em Ilhéus, aí quando chegou lá, entrei no carro dele, com mais duas pessoas. Ele me perguntou qual era a faixa etária de pessoas que eu ficava, e se eu tinha algum interesse em alguém mais velho, com mais de 50 anos. Falei que não tinha interesse”.

A ex-estudante contou ainda que recebeu uma proposta de pagamento para beijar o diretor. Que Denelésio chegou a convidá-la para tomar banho de piscina na casa dele.

“Quando chegou na escola, ele me perguntou novamente qual era a minha resposta, se eu ia querer. Não ficou só naquele dia, ele me perguntou em vários outros dias se eu tinha interesse”, denunciou.

“Quando a gente estava voltando, comentei com uma pessoa que estava comigo que eu queria ir para a piscina, que estava muito calor no dia. Aí ele escutou e falou bem assim comigo: ‘Minha casa tem piscina, se você quiser'”.

A advogada Úrsula Matos contou que os estudantes tinham medo de fazer denúncias.

“Disse para eles que cancelaria a minha agenda naquele momento para acompanhá-los na delegacia à tarde. Ali já sairia do CIEBETC direto para delegacia. Eles começaram a ficar muito amedrontados, apavorados, pedindo para esperar o ano letivo acabar para tomar uma providência”.

Úrsula Matos contou que entendia que o papel dela era informar a Polícia Civil naquele momento, mas diante da resistência dos alunos, respeitou a decisão.

“No final do ano, eles voltaram a me procurar e eu dei todo apoio e suporte para eles romperem o silêncio”.