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Trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) denunciaram nesta terça-feira (13) atrasos no pagamento do ticket-refeição, falta de materiais para trabalhar, dentre outras situações recorrentes que, segundo eles, estão tornando o trabalho cada dia mais precarizado.

Um dos funcionários informou, em entrevista ao Acorda Cidade, que desde o mês de janeiro, os trabalhadores do Samu não recebem o vale-refeição e estão com escalas de trabalho excessivas.

“Há três meses não estamos recebendo vale-refeição, desde o mês de janeiro; a escala da gente é exaustiva, nós estamos trabalhando um período de 12 horas, mas fazemos entre 14 e 15 plantões por mês, sem contar que tem dias que não temos sequer esparadrapos para trabalhar dentro das ambulâncias. Tem dias que falta gel, atadura, ou seja, o material básico. E o ex-secretário Marcelo Brito certa feita esteve aqui e disse que só estava faltando papel higiênico no Samu, para vocês terem uma noção do que estamos vivendo”, reclamou.

De acordo com o trabalhador, também são constantes os atrasos no pagamento dos salários. Além disso, os nomes dos servidores foram retirados do cartão aonde era depositado o valor do ticket-refeição mensalmente e os saldos zerados.

“Recebemos pela prefeitura o salário, agora o vale-refeição nós recebíamos em papel, passou para um cartão no nosso nome, depois tiraram nossos nomes e colocaram da Secretaria de Saúde, e suspenderam. Além disso, quem tinha saldo no cartão do vale-refeição ainda foi zerado, eles tiraram o resto que tinha. Entre outras coisas que estamos passando”, descreveu.

Outro técnico do Samu, que também preferiu não se identificar por medo de represália dentro do órgão, disse que a prefeitura mandou distribuir marmitas para os trabalhadores no horário de meio-dia, mas quem trabalha à noite não tem direito à alimentação.

“A prefeitura não fornece a alimentação para quem trabalha no plantão da noite, que é um plantão de 12 horas. No período da noite temos que trazer de casa para se alimentar”, acrescentou.

Outro técnico do Samu relatou que quando os trabalhadores buscam ajuda dentro do órgão para pedir melhorias não conseguem apoio.

“A situação daqui é precária e a gente não tem a quem recorrer. Quando a gente procura uma pessoa para resolver a gente não consegue, ninguém que dê uma solução. É só cobrança e muita pressão em cima, e quando a gente precisa de uma pessoa para dar apoio não conseguimos. Estamos com o ticket-refeição atrasado, trabalhando sem material, como esparadrapo, luva, e até medicação”, contou.

Ambulâncias paradas

Outro problema denunciado pelos trabalhadores é a precariedade de algumas ambulâncias, enquanto veículos novos que foram entregues recentemente pelo município estão parados e sem uso dentro da garagem.

“O nosso município, recentemente, recebeu cinco ambulâncias novas. Nós temos ambulâncias com 12 anos de uso, estamos trabalhando nelas, e as cinco novas estão recolhidas na garagem, não deram a providência de legalizar os veículos, transferir para o município e colocar no seguro para a gente rodar. Tem mais de 30 dias que essas ambulâncias chegaram a Feira de Santana e estão na divisão de veículos guardadas. Estão dizendo que elas estão servindo à população, mas é mentira, pois não estão”, apontou o trabalhador.

O Acorda Cidade entrou em contato com a coordenadora do Samu, Maísa Macedo, e ainda aguarda o retorno.

Fonte Acorda Cidade

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