Um tentante da Policial Militar foi baleado durante um assalto na madrugada desta segunda-feira (10), em trecho da Avenida Octávio Mangabeira, no bairro do Imbuí, em Salvador. Segundo a corporação, um dos suspeitos de cometer o crime morreu após um confronto com policiais, horas depois, em Paripe, no subúrbio da capital baiana.

O policial, que é lotado na 10ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Barra), foi atingido no tórax por volta de 1h15, socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Marback. Em seguida, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde segue internado. O estado de saúde dele é estável.

Imagens de câmeras de segurança mostram que o policial foi abordado pelo suspeito que anunciou o assalto. A vítima tenta tomar a arma do homem, mas não consegue.

Após a reação no assalto, o homem disparou diversas vezes na direção do PM, que foi atingido no tórax. Os suspeitos levaram a arma, o celular e o carro da vítima. O veículo e o armamento foram encontrados abandonados.

A PM informou que o confronto que terminou com a morte de um dos suspeitos aconteceu no final da manhã desta segunda. O homem, que não teve o nome revelado, trocou tiros com equipes da 19ª CIPM/Paripe e do Batalhão Apolo. Com ele foram apreendidos o celular da vítima e o carro usado pelos criminosos no assalto.

Policial militar é baleado durante assalto em Salvador — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Policial militar é baleado durante assalto em Salvador — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A partir deste mês, os pacientes da rede municipal de Feira de Santana não precisarão mais se deslocar a Salvador para realizar exames de endoscopia. A novidade foi anunciada pelo prefeito José Ronaldo, durante o mutirão promovido pela parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Santa Casa de Misericórdia, neste sábado (8). 

José Ronaldo enfatizou que o governo municipal tem se empenhado para melhorar a saúde pública da cidade, com um foco na eficiência e no cuidado com as pessoas.

“Nosso compromisso é fazer uma gestão responsável, com prioridade no bem-estar da população. A meta de zerar a fila de exames e consultas da rede municipal em 100 dias é apenas o começo. Continuaremos trabalhando para melhorar os atendimentos na rede do município”, afirmou o prefeito.

A secretária do lar, Maria de Fátima dos Santos, que aguardava há mais de seis meses para fazer o exame, comemorou a oportunidade de realizá-lo na própria cidade. 

“Toda vez que eu tentava marcar o exame na unidade, as vagas eram poucas e eu não conseguia. Esse mutirão foi uma bênção. Eu procurei a policlínica no último dia, fiz a triagem em três dias e agora, no mutirão, já consegui ser atendida. Não foi só a endoscopia, fiz vários outros exames também. Foi muito rápido”, contou Maria de Fátima satisfeita com o atendimento.

A dona de casa Iara de Jesus, que tentava agendar o exame há mais de dois anos, também foi beneficiada com a iniciativa. Ela destacou a praticidade de fazer a endoscopia sem precisar viajar a Salvador. 

“Eu estava tentando agendar o exame e seria em Salvador, mas eu não conseguia, tava demorando muito. Nesta semana, recebi a mensagem para fazer na Santa Casa e, em poucos dias, fiz a triagem e agora já passei pelo exame. O atendimento foi excelente, toda equipe foi muito atenciosa”, relatou Iara.

O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, falou sobre a importância da novidade para o atendimento aos pacientes que vão utilizar o serviço.

“Agora, os exames de endoscopia serão realizados aqui, em Feira de Santana, o que traz mais conforto, gera menos custos e reduz o tempo de espera. Antes, os pacientes precisavam viajar para Salvador, o que era um grande sofrimento. Muitos estavam aguardando há três anos para realizar o exame. Isso não é algo que podemos normalizar. O SUS que queremos é aquele que está mais perto das pessoas, com qualidade e eficiência”, ressaltou o secretário.

Além disso, a provedora da Santa Casa de Misericórdia, Fernanda Reis, ressaltou a inovação no atendimento oferecido pela instituição, que tem feito uso de inteligência artificial para identificar possíveis doenças durante a endoscopia. 

“Este final de semana, estamos realizando endoscopia e colonoscopia, o que nos permite diagnosticar precocemente doenças, como cânceres de estômago e intestino. Essa tecnologia usada no exame endoscópico aumenta as chances de tratamento e cura”, explicou Fernanda.

O mutirão de exames promovido pela Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Saúde, para zerar filas, avança neste fim de semana com a parceria com a Santa Casa de Misericórdia, mantenedora do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA). Neste sábado (08), durante todo o dia, a unidade hospitalar abriu suas portas para atender pacientes que aguardavam há até três anos para serem submetidos a exames de endoscopia e colonoscopia.

O prefeito José Ronaldo de Carvalho esteve na Santa Casa de Misericórdia para observar o atendimento aos pacientes, acompanhado do secretário de Saúde, Rodrigo Matos, e da provedora da instituição, médica Fernanda Reis. Ressaltou que a iniciativa visa zerar a fila represada por exames que se acumulavam ao longo de anos, dentro de um prazo de até 100 dias.

Através do mutirão deste sábado (08), foram realizadas 19 endoscopias e mais três colonoscopias. No fim de semana passado, foram realizados nesta unidade hospitalar exames de tomografia. O prefeito destacou o compromisso em manter o fluxo de atendimento para evitar que os exames voltem a ser represados. “Estes exames para pacientes acima de 60 anos precisam ser realizados em unidade hospitalar”, alertou o prefeito.

O secretário de Saúde, Rodrigo Matos, agradeceu à Santa Casa de Misericórdia pela parceria, que está possibilitando o atendimento aos pacientes do SUS, e observou que esta unidade hospitalar possui equipamentos que outras unidades não dispõem na Bahia para atendimento ao público através do SUS.

Há quase três anos na fila de espera, a paciente Iara Rebouças, residente no bairro Santa Mônica II, comemorou ao ser atendida no Hospital Dom Pedro de Alcântara, na manhã deste sábado. “O atendimento foi ótimo”, atestou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (10) que o governo vai esperar “decisões concretas” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de anunciar qualquer resposta a um eventual aumento de tarifas.

Trump pode anunciar nesta segunda-feira (10) tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio.

  • 📈Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para Estados Unidos, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás do Canadá.
  • 📈Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, segundo o governo brasileiro.

“O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos. Então o governo vai aguardar a decisão oficialmente, antes de qualquer manifestação”, afirmou Haddad.

Questionado sobre uma eventual retaliação com a taxação das big techs –em sua maioria, empresas americanas—, Haddad disse que vai aguardar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois das “medidas efetivamente implementadas”.

No fim de janeiro, o presidente Lula havia adiantado que, se o governo dos EUA criasse ou elevasse qualquer tarifa sobre produtos brasileiros, haveria “reciprocidade” – ou seja, aumento da taxação o Brasil para importar produtos norte-americanos.

“É muito simples. Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade no Brasil. Se taxar os produtos brasileiros, vou taxar os produtos que são exportados pelos Estados Unidos. Simples, não tem nenhuma dificuldade”, diz Lula naquele momento. Veja abaixo:

Durante o primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre importação de aço e 10% sobre as de alumínio. À época, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas brasileiras, afirmou que a taxação levaria ao desligamento de fornos e demissões.

Mais tarde, entretanto, Trump revogou as tarifas dos produtos brasileiros e dos de outros parceiros comerciais como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.

As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) iniciaram o cadastro para interessados em trabalhar no Hospital Estadual Mont Serrat – Cuidados Paliativos, no bairro de Mont Serrat, em Salvador.

Os interessados devem encaminhar o currículo para o e-mail: recrutamento.hms@irmadulce.org.br, além de colocar no assunto o nome da vaga.

O cadastro dos interessados será armazenado em um banco de dados e os candidatos poderão ser convocados na medida em que as vagas surgirem.

Hospital Mont Serrat - Cuidados Paliativos — Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA

Hospital Mont Serrat – Cuidados Paliativos — Foto: Leonardo Rattes/Saúde GovBA

Veja abaixo a lista de vagas:

  • ajudante de cozinha;
  • cozinheiro;
  • auxiliar de serviços gerais;
  • copeiro;
  • técnico de laboratório;
  • enfermeiro;
  • técnico de enfermagem;
  • fisioterapeuta;
  • psicólogo;
  • bioquímico;
  • farmacêutico;
  • técnico de radiologia;
  • técnico eletrônica;
  • terapeuta ocupacional;
  • fonoaudiólogo;
  • nutricionista;
  • maqueiro;
  • auxiliar de manutenção;
  • eletricista;
  • telefonista;
  • agente de portaria;
  • auxiliar administrativo;
  • assistente administrativo;
  • auxiliar de farmácia;
  • auxiliar de almoxarifado;
  • assistente social;
  • fisioterapeuta;
  • motorista.

Primeiro hospital de cuidados paliativos do país

O hospital, instalado no local onde funcionava o antigo Hospital Couto Maia, foi inaugurado no dia 31 de janeiro, e é dedicado exclusivamente aos cuidados paliativos.

A unidade conta com leitos de enfermaria, serviço de apoio diagnóstico e terapêutico, além de um espaço requalificado que possibilitará a atenção à saúde humanizada em prol da qualidade de vida de pacientes com doenças graves, crônicas ou em finitude.

Ao todo, foram entregues 70 leitos clínicos de enfermaria (sete pediátricas e 63 para adultos), distribuídos em uma infraestrutura que conta com ambulatórios, serviços de bioimagem, laboratório, telemedicina e suporte de ensino e pesquisa para capacitação dos profissionais internos e externos das unidades de saúde.

O novo hospital possui capacidade para atendimento mensal de mais de dois mil pacientes e interconsultas em diversas especialidades para pacientes internados, como cardiologia, anestesia, neurologia, psiquiatria, nutrologia e pneumologia, bem como unidades específicas para terapia da dor e apoio ao luto.

O prefeito José Ronaldo de Carvalho assinou contrato com a construtora L. Marquezo para a construção de 600 unidades do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O ato ocorreu na manhã desta segunda-feira (10), no Paço Municipal Maria Quitéria, com a participação do secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Valdivan Conceição Nascimento.

Ao assinar o contrato desta primeira etapa de imóveis para pessoas de baixo poder aquisitivo, o prefeito José Ronaldo ressaltou que o Governo Municipal está empenhado em promover todas as condições necessárias para que novos empreendimentos imobiliários do MCMV sejam construídos na cidade, visando proporcionar qualidade de vida para quem mais necessita.

O secretário de Habitação, Valdivan Nascimento, destacou que os imóveis desta etapa do programa serão construídos no bairro Santa Mônica II, atrás do restaurante Los Pampas. “O prazo de construção é de 1 ano e meio”, informou.

No próximo mês, a Secretaria de Habitação dará início ao cadastro de pessoas interessadas em participar do programa de habitação popular. Dentre os critérios para ter acesso ao benefício de aquisição de imóveis subsidiados estão: ser cadastrado no CAD Único, ser mulher, ter filhos menores ou ser inscrito no BPC (Benefício de Prestação Continuada), ou ser pessoa portadora de deficiência.

A vida de Enázio e dos dois filhos pequenos mudou completamente nos últimos meses. Depois de o pai cair em um golpe de falso emprego, ser levado para outro estado e viver em condições desumanas, ele conseguiu retornar para São Paulo e agora tem um novo trabalho. Mesmo mais aliviado por conseguir sustentar a família, ele ainda enfrenta desafios para se reerguer completamente.

A história ganhou visibilidade depois que o Só Vaquinha Boa ajudou no resgate do Enázio e dos filhos. Eles estavam em uma situação análoga à escravidão, vivendo em um barraco sem condições dignas de higiene ou alimentação adequada.

“Estou trabalhando, mas ainda está muito difícil para mim e para meus filhos. Venho sofrendo muito ataque, principalmente nas redes”, contou o pai, em entrevista ao Só Notícia Boa.

O golpe que mudou tudo

Tudo começou quando uma mulher conheceu a história de Enázio por meio de uma vaquinha online que estava ativa para ajudá-lo. Sensibilizada, ela ofereceu um emprego que prometia tirar a família da situação crítica em que viviam em São Paulo.

Sem muitas opções e buscando uma nova chance, ele aceitou a proposta e se mudou com os filhos para o Acre. Ao chegar lá, porém, a realidade era bem diferente do que foi prometido.

A família foi colocada em um barraco insalubre, sem banheiro e com acesso precário à água. Os três mal tinham o que comer e precisavam tomar banho em um local com água suja. Sem dinheiro e sem condições de sair da situação sozinho, Enázio entrou em desespero.

O resgate e o retorno para casa

Em um momento de desespero, Enázio conseguiu entrar em contato com a equipe do SVB que havia ajudado anteriormente. Em uma chamada de vídeo, ele mostrou a condição precária em que estavam vivendo e pediu socorro.

Rapidamente, a equipe organizou uma mobilização e enviou o dinheiro para a passagem de volta da família para São Paulo.

Com o apoio de pessoas solidárias, eles conseguiram retornar e agora tentam reconstruir suas vidas. O caso também já está sendo acompanhado por um advogado para tomar as devidas providências legais contra os responsáveis pelo golpe.

Como ajudar Enázio a recomeçar

Mesmo com essa conquista, Enázio enfrenta novos desafios. O dono da pizzaria onde ele trabalha pretende fechar o negócio, e ele sonha em poder comprá-lo para continuar trabalhando e garantir estabilidade para sua família.

Por isso, uma nova campanha está em andamento para ajudar esse pai batalhador a se reerguer de vez.

A histórias dessas duas gêmeas, aprovadas em Medicina e Letras em uma universidade federal, é um exemplo de superação: elas são de escolha pública, filhas de uma faxineira, e estudaram muito para mudar de vida. Agora o novo sonho é comprar uma casa para a mãe.

Mesmo com tantos desafios, as irmãs Evellyn e Ellen Souza, de São João Nepomuceno (MG), jamais desistiram e conquistaram suas vagas na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Evellyn em Medicina e Ellen em Letras. Para a mãe, o feito é motivo de orgulho.

“Foi motivo de muita alegria, pois é o meu sonho ver elas [sic] formadas. A sensação que eu sinto é de orgulho. sempre foram meninas muito estudiosas, que nunca deram trabalho. São minhas amigas, minhas companheiras, que me ajudam em tudo. Fico muito feliz por elas”, disse Mirian de Souza em entrevista ao G1.

Rotina e dedicação

Para alcançar as vagas, as irmãs conciliavam os estudos com o trabalho. A mãe, que trabalhou desde muito cedo, sempre prezou que o caminho das filhas fosse diferente.

Enquanto Evellyn era secretária em um consultório odontológico, Ellen atuava na Escola Municipal Coronel José Braz.

Mesmo com a rotina puxada, a dupla encontrava tempo para estudar, principalmente com materiais online e aplicativos educativos.

Inspiração para os cursos

Segundo Evellyn, a inspiração para cursar Medicina veio dos conselhos da irmã mais velha, Wanessa.

“Eu pensava que medicina não era para mim, que seria muito difícil e estaria fora da minha realidade.Pensei em fazer psicologia, mas a Wanessa me deu apoio e incentivo para que eu tentasse medicina”, explicou.

Já Ellen descobriu a paixão pela educação quando começou a atuar como Jovem Aprendiz em uma escola.

“Comecei a trabalhar na Escola Municipal Coronel José Braz e, certo dia, uma professora precisou ir rápido para uma reunião e eu fiquei na sala com algumas crianças. Foi lá que eu me vi naquela área. Mesmo que por um curto período, eu gostei da experiência, e me vi ingressando na área da Educação.”

Emoção da aprovação

A ansiedade para o resultado foi grande.

“O resultado era pra ter saído no domingo, mas atrasou. Ficamos muito ansiosos atualizando o site [da UFJF]. No outro dia de manhã minha irmã me acordou falando que eu passei. Vi o resultado e vi que eu também tinha sido aprovada. Passamos o dia todo comemorando”, lembrou Evelly.

Animadas com o início das aulas, elas devem tudo, principalmente os ensinamentos, à mãe.

“A gente quis dar esse orgulho para nossa mãe. A gente estudou pensando na faculdade. Confesso que tá sendo algo muito novo. Muitas pessoas dizem que é difícil entrar numa faculdade federal, mas nada é difícil, se a gente se esforçar a gente consegue”, disse.

O próximo passo? Se formar para ajudar a mãe.

“Sempre falo que o melhor está por vir. Se Deus quiser, espero o melhor para o futuro. A gente não tem a nossa própria casa, e eu e a Evellyn pensamos em dar uma casa para nossa mãe”, finalizou.

A mãe, Mirian, não conseguiu estudar e queria um futuro diferente para as filhas. Ela conseguiu! - Foto: Arquivo pessoal

A mãe, Mirian, não conseguiu estudar e queria um futuro diferente para as filhas. Ela conseguiu! – Foto: Arquivo pessoal

Essas irmãs gêmeas, ao nascerem, ouviram dos médicos que tinham apenas 1% de chance de sobrevivência. Agarradas à fé e à esperança, hoje elas completam 24 anos, lindas e saudáveis!

Hope e Faith Baxter, dos Estados Unidos, chegaram ao mundo em uma gravidez rara e extremamente arriscada. A dupla passou semanas lutando na UTI neonatal, mas venceu a batalha.

Hoje, com mais de duas décadas de vida, elas prosperaram bastante. Seguindo sonhos diferentes, as irmãs nunca perderam o vínculo especial, tão forte entre elas. “Eu diria que somos melhores amigas e sempre motivamos uma à outra”, disse Faith.

Gestação de alto risco

As irmãs são gêmeas monocoriônicas monoamnióticas, conhecidas como “gêmeas momo”.

Esse é um dos tipos mais raros de gestação, em que os bebês compartilham a mesma placenta e o mesmo saco amniótico. Isso, por sua vez, aumenta os riscos de complicações.

Foi só no quinto mês que a mãe delas descobriu a situação. Os médicos alertaram que, se a gestação chegasse até o fim, uma das meninas não sobreviveria.

Decisão difícil

A família, então, tomou uma decisão difícil: induzir o parto dois meses antes.

Em 25 de agosto de 2000, Faith e Hope vieram ao mundo. A primeira com o pulmão colapsado, enquanto a segunda apresentou problemas cardíacos.

Imediatamente levada para a UTI neonatal, a dupla passou seis meses sob observação constante.

Foi também nesse momento que os pais decidiram batizá-las como Hope (Esperança) e Faith (Fé).

Superando todas as expectativas

E a grandeza das irmãs não está apenas no nome. As gêmeas cresceram saudáveis e desenvolveram personalidades únicas.

Desde pequena, foram muito unidas, mas enfrentam desafios por serem idênticas.

“Houve algumas lutas por sermos gêmeas idênticas. Especialmente no ensino médio, parecia uma competição de esportes, notas e quem tinha mais amigos”, brincou Faith.

Hoje, vivendo em estados diferentes, Hope está estudando odontologia em Ohio, enquanto Faith cursa medicina na Carolina do Sul.

Mesmo com a distância física, as duas seguem ligadas de alma.

“Como estamos tão ocupadas agora, não percebemos realmente que não estamos juntas. Estamos constantemente falando uma com a outra por mensagem de texto ou FaceTime. Estamos sempre conversando, então esquecemos há quanto tempo não nos vemos, pois sempre sabemos o que a outra está fazendo.”

Hope e Faith, mesmo morando em estados diferentes, seguem unidas. - Foto: Hope Baxter/SWNS

Hope e Faith, mesmo morando em estados diferentes, seguem unidas. – Foto: Hope Baxter/SWNS

As pequenas venceram os 99%. Elas já estão na faculdade! - Foto: Hope Baxter/SWNS

As pequenas venceram os 99%. Elas já estão na faculdade! – Foto: Hope Baxter/SWNS

Duas crianças de 5 e 7 anos foram encontradas mortas dentro de uma casa no bairro de Valéria, em Salvador, na quinta-feira (6). De acordo com a Polícia Civil, a mãe das crianças, uma jovem de 23 anos, foi levada para o Hospital do Subúrbio. O estado de saúde dela é grave.

A Polícia Civil afirma que a jovem e os filhos tinham sinais de possível envenenamento. Ainda não há informações confirmadas sobre as causas das mortes, mas a suspeita é de que a família começou a passar mal após comer uma gelatina na terça-feira (4).

Veja abaixo o que se sabe sobre o caso:

1. Quem eram as vítimas?

As vítimas foram identificadas como Benjamin, de 7 anos, e Maria Valentina, de 5 anos.

2. Qual o estado de saúde da mãe?

A mulher está internada no Hospital do Subúrbio com dores abdominais, diarreia e enjoo. De acordo com a equipe de reportagem da TV Bahia, o estado de saúde dela é considerado grave e ela deve ser transferida para outra unidade.

A mãe da jovem disse à emissora que ela está “muita fraca e desidratada, porque não estava conseguindo ingerir nem água”.

3. Qual a versão da família?

A família afirma que mãe e filhos apresentaram um quadro de diarreia ao longo da quarta (5) e, na madrugada de quinta (6), a mulher levantou para fechar a janela por conta da chuva e percebeu que os filhos não estavam respirando. As mortes foram confirmadas por volta de 5h.

O padrasto da crianças, identificado como Jean da Hora, afirmou que também passou mal ao comer a gelatina. As notas enviadas pelas polícias Militar e Civil confirmam que os dois adultos que estavam na casa apresentaram sinais de possível envenenamento e precisaram de atendimento médico.

Jean não precisou ser internado. Em contato com a TV Bahia, quando recebeu alta hospitalar, ele disse que se relacionava com a mãe das crianças há cinco anos.

“Não temos suspeita [do que aconteceu], nós quatro passamos mal. As investigações vão dizer o que se passou, o que se ocorreu”, resumiu.

Padrasto de crianças que morreram após comer gelatina é liberado de hospital em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

Padrasto de crianças que morreram após comer gelatina é liberado de hospital em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia

4. O que diz a polícia?

A Polícia Civil ainda não deu muitos detalhes sobre as investigações. Apenas informou que o caso é investigado como possível envenenamento.

Ao sair do hospital, o padrasto das crianças acompanhou a polícia até a residência da família, no bairro de Valéria, onde foi feita a perícia e coleta de materiais pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Em seguida, Jean e os agentes seguiram para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para que ele prestasse depoimento como testemunha.

Os corpos das crianças foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), onde passaram por necropsia. Quanto à gelatina, a polícia não informou se já foi analisada e nem se foi encontrado material para periciar.