A saúde dos brasileiros ganhou um reforço histórico com o anúncio de 41 remédios gratuitos na Farmácia Popular. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, contou a notícia boa durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, nesta quinta-feira (13).
Ela afirmou que medida vai beneficiar mais de um milhão de pessoas por ano, com impacto especial para os idosos, que antes precisavam pagar parte do valor de alguns produtos. Com a ampliação, fraldas geriátricas e a dapagliflozina, medicamento para diabetes associada à doença cardiovascular, serão distribuídos gratuitamente, entre tantos outros.
“Estamos apresentando na gratuidade as fraldas geriátricas, ou seja, estamos também falando de envelhecimento da população. Eu sei a real importância dessa ação. Tivemos mais de 24 milhões de pessoas beneficiadas em 2024 e vamos aumentar ainda mais esse alcance principalmente nas áreas mais remotas desse país”, declarou Nísia.
Como era, como fica
Até 2022, apenas medicamentos para hipertensão, diabetes e asma eram oferecidos de graça no programa.
Agora, com a mudança, todos os 41 medicamentos disponíveis no Farmácia Popular ficam sem custo para a população.
Veja abaixo o que está incluso:
Fraldas geriátricas para idosos a partir de 60 anos;
Medicamentos para osteoporose e contraceptivos, garantindo mais saúde para as mulheres;
Dapagliflozina, que auxilia pacientes com diabetes e doenças cardiovasculares;
Absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade.
A garra e, ao mesmo tempo, a dor dessa mãe agredida pelo marido são comoventes. A dona Maria foi brava ao largar o ex-companheiro e fugir de casa com os 3 filhos, mesmo sabendo que não tinha como se manter. Sem dinheiro, nem um lugar fixo para morar, ela perdeu tudo o que tinha e as crianças estão passando fome.
Com a ajuda de conhecidos da igreja que ela frequenta, em Fortaleza (CE), dona Maria conseguiu uma casinha simples e móveis doados. Ele recebe o benefício do Bolsa Família, mas vive o dilema entre pagar o aluguel e dar de comer para a família.
Vendo a mãe em desespero e a falta de comida na mesa, a filha dela, Eveline, de 8 anos, pediu a um conhecido para gravar um vídeo de socorro e postar nas redes. “A gente não aguenta mais passar fome. Queria um macarrão, arroz, feijão, qualquer coisa”, implora a menina. O vídeo chegou até a nossa equipe e abrimos uma vaquinha emergencial para mandar comida para essas crianças. Veja abaixo como contribuir.
A luta da mãe
A vida de dona Maria era outra. Ela foi casada com o pai das crianças, mas, infelizmente, ele morreu há alguns anos. Ela lembra que, na época, “mesmo não sendo rica, tinha comida na mesa e um teto seguro”, disse em entrevista ao Só Notícia Boa.
Algum tempo depois de viúva, ela conheceu um novo companheiro. Mas meses após o casamento, o padrasto das crianças passou a agredí-la frequentemente. Com medo e sem apoio, dona Maria suportou a violência por muito tempo. Até que, um dia, decidiu fugir para proteger os filhos.
Ela não consegue trabalhar como antes, porque não tem com quem deixar as crianças e o que resta, muitas vezes, é deixar de se alimentar para dar comida a eles. “Eu posso passar fome, eles não”, disse dona Maria. E nós vamos ajudar. A vaquinha da Eveline está aberta no Só Vaquinha Boa e já estamos mobilizados para enviar as primeiras doações de forma emergencial.
Pedido de socorro
O vídeo da Eveline pedindo socorro chegou até a Cristina Silva, que mostrou para a nossa equipe. Todos se comoveram e começaram uma luta contra o tempo porque a fome não espera.
Todo valor arrecadado será destinado à compra de alimentos pelo período de um ano, permitindo que dona Maria tenha tempo para se reerguer e encontrar um emprego. Cada doação faz diferença!
Ajude através do Pix
eveline@sovaquinhaboa.com.br
ou pelo cartão de crédito diretamente no site do Só Vaquinha Boa, clicando aqui. Todas as nossas vaquinhas são verificadas e as doações são seguras.
A edição 2025 da Campanha Carnaval sem Fome vai receber doações de alimentos não perecíveis até o dia 8 de março, em diversos pontos de coleta espalhados pela Bahia. A ação é organizada pela Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida – Comitê Salvador. [Confira pontos de doações ao final da matéria]
A campanha é feita desde 2007 e já arrecadou 1.200 toneladas de alimentos. Mais de 120 mil famílias foram beneficiadas e cerca de 600 mil pessoas foram atendidas em todo o estado.
Neste ano, o Carnaval Sem Fome ganhou a chancela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), reconhecimento que reforça a importância da campanha.
As arrecadações serão destinadas às pessoas em situação de vulnerabilidade social das comunidades locais. Confira onde doar:
paróquias da Arquidiocese em todo o estado;
Mosteiro de São Bento, a Igreja da Graça e o Centro Espírita Deus Luz e Verdade, em Salvador;
Campi da Uneb;
PIX (acaosalvador@hotmail.com).
SERVIÇO:
Campanha Carnaval sem Fome 2025 Prazo: até 8 de março Onde: Pontos de arrecadação em Salvador e outras cidades da Bahia Contato: (71) 9 8800-9560 (Celular e WhatsApp)
A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) promulgou a lei que proíbe a comercialização, o porte e o uso de serpentinas metalizadas em todo o estado. A medida, que entrou em vigor na quinta-feira (13), visa evitar acidentes graves, como choques elétricos e apagões, como o ocorrido no carnaval do ano passado no Circuito Dodô (Barra-Ondina), em Salvador.
A lei afeta pessoas físicas, estabelecimentos comerciais, camarotes, trios elétricos e vendedores ambulantes. Caso sejam flagrados desrespeitando a norma, os infratores estarão sujeitos a multas que variam de R$ 5 mil a R$ 100 mil, com valores dobrados em caso de reincidência.
A lei foi proposta pela Neoenergia Coelba, empresa que administra a energia elétrica no estado. A fiscalização será realizada por órgãos competentes designados pelo governo estadual, com o apoio de equipes de monitoramento da concessionária nos circuitos oficiais do carnaval.
As serpentinas metálicas representam riscos de acidentes graves quando lançadas em direção à rede elétrica. O objeto é um condutor de energia e, ao entrar em contato com a fiação, pode provocar curto-circuito e partir os cabos.
No lançador dos trios elétricos, a pressão do bastão faz com que as serpentinas sejam lançadas em até oito metros, ou seja, mais alto do que a rede elétrica, potencializando o risco de acidentes.
Confira algumas dicas de segurança para evitar acidentes durante os festejos:
Em caso de fio caído, não se aproxime e avise à Neoenergia Coelba por meio do número 116;
Não jogue serpentina na direção da rede elétrica;
Não suba em postes, marquises e árvores que estejam próximos à rede elétrica;
Não faça ligação clandestina de energia (além de colocar a vida em risco, é crime);
Não coloque enfeites e nem jogue objetos na rede elétrica, sejam eles metálicos ou não;
Não posicionar jatos d’água em direção à rede elétrica;
É obrigatória a instalação do aterramento das estruturas metálicas de barracas e balcões.
Estudantes do curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas do Senai de Feira de Santana estão desenvolvendo um aplicativo visando dar suporte às demandas da administração pública. O dispositivo, ainda em fase de elaboração, faz parte do TCC para conclusão do curso e a proposta foi apresentada, nesta quinta-feira (13), ao subsecretário de Governo, Matheus Pinheiro.
O programa está sendo elaborado pelos estudantes Raynan Silva de Carvalho, Catriel Farias Dias, Iwin Lima Borges, Silas Gabriel Pereira de Jesus e Jean Lucas Pereira Silva. Para construir o aplicativo, estão buscando informações sobre o funcionamento da administração pública e seus equipamentos, além do alinhamento de sua aplicação em sintonia com outros aplicativos já utilizados pela Prefeitura.
O aluno Jean Lucas destacou que a elaboração do aplicativo tem como objetivo aprimorar a comunicação entre os cidadãos e a Prefeitura. “É um aplicativo idealizado há alguns dias e que está sendo estruturado e alinhado às necessidades do mercado para melhor servir os cidadãos de forma útil e versátil”, ressaltou.
Durante o encontro, também esteve presente a psicóloga Rocheane Rocha, diretora do Departamento de Planejamento e Gestão do SUAS.
Este sábado (15) será dedicado aos cuidados com a saúde para mais 84 pessoas. Elas serão submetidas a tomografia (60), colonoscopia (12) e cateterismo – também 12 pacientes marcados.
Os exames estão sendo ofertados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com a Santa Casa de Feira, no Hospital D. Pedro de Alcântara.
Com mais um mutirão, a Prefeitura de Feira de Santana segue avançando para zerar a fila da demanda represada por consultas e exames em 100 dias.
Ainda, assegura à população o acesso a importantes diagnósticos garantindo, se necessário, o tratamento e acompanhamento de saúde adequados.
Um dos cineastas mais conhecidos do país, Cacá Diegues foi um dos fundadores do Cinema Novo e morreu aos 84 anos nesta sexta-feira (14) no Rio de Janeiro.
A filmografia do diretor alagoano retratou a diversidade brasileira, com paisagens urbanas e naturais que ajudaram a contar a história de músicos, artistas, escravos, empresários e todo tipo de gente.
Paisagens urbanas, belezas naturais, subúrbios, fazendas, quilombos e comunidades fazem parte da geografia dos clássicos de Diegues, que são relembrados na lista abaixo.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
O filme retrata a vida de Ganga Zumba, líder do Quilombo dos Palmares, uma comunidade de escravos fugitivos na Serra da Barriga (AL). Filmado em locações muito bem pesquisadas, o longa destaca a resistência e a cultura afro-brasileira.
Diegues usa a dimensão continental do Brasil para enfatizar a luta pela liberdade. O elenco conta com Antônio Pitanga, Léa Garcia e Eliezer Gomes. A trilha sonora é de Moacir Santos, com participação de Nara Leão. O filme é um marco do Cinema Novo e destaca a resistência afro-brasileira.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
Este drama de Diegues explora a decadência de uma família de cafeicultores na Fazenda São Martinho, no interior de São Paulo. A narrativa abrange várias gerações, refletindo as mudanças sociais e políticas do Brasil.
As locações na região de Ribeirão Preto são importantes para retratar com autenticidade uma época importante da história brasileira. Odete Lara, Paulo José e Nelson Xavier são os destaques da trama, que tem trilha de Francis Hime. O filme foi premiado no Festival de Brasília e reflete as mudanças sociais e políticas do Brasil.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
Filmado em diversos locais do Rio de Janeiro, incluindo a Praia da Barra e Praça Saens Peña, este musical de Cacá Diegues celebra a cultura carnavalesca brasileira.
A trama segue três artistas em busca de sucesso, destacando a vibrante cultura e a beleza geográfica do Brasil. Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão estão entre os protagonistas.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
Ambientado em um engenho de açúcar no interior de Alagoas, o filme narra a história de amor entre uma francesa e um proprietário de terras brasileiro. Jeanne Moreau e Eliezer Gomes estrelam o filme, com trilha sonora de Chico Buarque, que também havia feito as canções de “Quando o carnaval chegar”.
O filme foi exibido em diversos festivais internacionais e venceu o prêmio de melhor roteiro original da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
Este clássico filmado em Diamantina (MG) conta a história da escrava Xica da Silva, interpretada por Zezé Motta, que se torna uma figura poderosa na sociedade colonial.
A trama mostra como a protagonista, através de sua força e de sua relação com João Fernandes, um contratador de diamantes, ascende socialmente e desafia as normas raciais e de gênero da época. Com trilha composta por Jorgen Ben Jor, filme recebeu três estatuetas no Festival de Brasília.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
A caravana Rolidei viaja pelo sertão nordestino, passa Amazônia e vai até o Distrito Federal, mostrando a transformação do país. Os figuraças da trupe mambembe eram interpretados por um elenco que tinha Betty Faria, José Wilker e Fábio Jr.
Produção grandiosa até para os dias de hoje, “Bye Bye Brasil” contava ainda com canções de Roberto Menescal e Chico Buarque (sempre ele). A história de Lorde Cigano, Salomé, Ciço e Dasdô recebeu indicação à Palma de Ouro do Festival de Cannes.
Foto: Divulgação / Arte-g1 | Otavio Camargo
Situado no subúrbio e centro do Rio de Janeiro, este drama urbano segue a jornada de um jovem músico, interpretado por Guilherme Fontes, em busca de seu amor desaparecido.
São várias cenas de Fontes tocando seu saxofone com as paisagens urbanas e naturais do Rio atrás dele. É mais um filme de Diegues com a música em destaque, desta vez assinada por Gilberto Gil. O longa concorreu ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
Baseado no romance de Jorge Amado, o filme se passa na fictícia Sant’Ana do Agreste, no sertão baiano. Embora a cidade não exista na realidade, ela é uma representação rica e detalhada do sertão baiano, capturando a essência das pequenas cidades do interior do Brasil.
Sônia Braga estrela como Tieta, com trilha de Caetano Veloso. O filme foi um sucesso de bilheteria.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
Filmado no Parque Estadual do Jalapão, Recife e Praia do Peba, o filme segue Deus, interpretado por Antônio Fagundes, em busca de um substituto na Terra.
Baseado no conto “O santo que não acreditava em Deus”, do escritor João Ubaldo Ribeiro, o roteiro é de Cacá e de João Emanuel Carneiro (“Central do Brasil”, “Avenida Brasil”). Uma sequência, “Deus ainda é brasileiro”, estava sendo produzida desde 2022 e tinha previsão de lançamento para o segundo semestre de 2025.
Foto: Divulgação / Arte g1 | Otávio Camargo
Este drama é ambientado principalmente em comunidades cariocas, com filmagens realizadas em sessenta locações no Rio de Janeiro e Baixada Fluminense. Foi uma volta do cineasta às histórias que se passam em favelas: a estreia dele como diretor havia sido em “Escola de Samba Alegria de Viver”, segmento do filme “5x Favela”, de 1962.
Em “O Maior Amor do Mundo”, José Wilker interpreta um astrofísico que descobre ter uma doença terminal. Ele retorna ao Brasil para encontrar sua mãe biológica e descobre a incrível história de amor entre seus ela e o pai dele.
A Igreja de São Francisco, mais conhecida como “igreja de ouro”, em Salvador, passará por uma preparação antes que seja realizada a reforma do imóvel. A ação envolve a elaboração do projeto de restauração, que ainda não tem data para ficar pronto.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que administra a obra sob supervisão do Ministério da Cultura.
Com o custo de R$ 1,2 milhão, o documento já tinha sido contratado quando aconteceu o desabamento que matou a turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos. Enquanto a reforma acontece, o imóvel seguirá interditado.
“A igreja vai precisar de escoramento, estabilização e limpeza emergencial, para que depois a gente possa contratar uma obra completa, recuperando não só a estrutura do forro, do telhado, mas também as obras de arte, os bens móveis que estão integrados ali, e aí ela poder ser completamente restaurada”, afirmou o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Teto da Igreja de São Francisco desabou em Salvador e matou a turista Giulia Panchoni Righetto, de Ribeirão Preto (SP) — Foto: Defesa Civil de Salvador/Redes Sociais
O valor dos reparos também não foi contabilizado ainda, mas, conforme detalhou Grass, o serviço não será barato. Em entrevista ao g1, o presidente do Iphan ressaltou a importância de apoios financeiros e convocou interessados.
“O Iphan já tinha um projeto contratado, que era um projeto de restauração, para depois fazermos as obras, com recursos do governo federal. E também já fazendo um convite para outros poderes públicos, sociedade e poder privado, porque esse movimento de recuperação vai demandar muitos recursos e a gente vai precisar dessa união de esforços para colocar essa igreja de pé novamente”, disse.
Segundo o representante do órgão federal, esse montante será apontado pelo laudo técnico, já que ele detalha todas as etapas da reforma e quanto cada uma vai custar. Quanto ao prejuízo com o desabamento, para ele, não pode ser apontado em dinheiro.
“O valor do patrimônio, o valor da arte, não é estimado financeiramente. Ele é estimado pelo seu simbolismo, pela sua importância. Vale registrar que esse caso específico foi um caso trágico, porque nós perdemos uma vida. Uma vida tem valor inestimável. O valor da estrutura da igreja também não podemos precisar porque isso não é um produto, não é algo que vai para o mercado, portanto não tem valor financeiro estabelecido”, falou.
Parte de teto de igreja de ouro desabou — Foto: Reprodução
Na segunda, o Iphan revelou que a igreja recebeu a última vistoria técnica em maio de 2024. Na ocasião, não foram identificados indícios de problemas estruturais que pudessem provocar o desabamento da forração do teto do templo, como aconteceu no dia 5 de fevereiro.
O caso segue sob investigação e ainda não há ainda um prazo para a conclusão do inquérito. Na segunda-feira (10), a Polícia Federal (PF) assumiu a investigação integral do desabamento. Antes, a PF dividia as funções com a Polícia Civil da Bahia, que, neste período, ficou responsável por ouvir testemunhas do desabamento.
No entanto, por se tratar de um imóvel tomado pelo Iphan, o trabalho será concentrado no órgão federal. Com isso, os depoimentos colhidos pela PC passarão para a PF, que tocará o caso. O processo de realização da perícia ainda está em andamento.
Sete igrejas interditadas em Salvador
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Além da Igreja de São Francisco, outras seis igrejas católicas estão interditadas em Salvador. Elas foram fechadas após serem encontradas irregularidades em vistorias conjuntas do Iphan e Defesa Civil da cidade.
A informação foi confirmada pelos órgãos nesta quinta-feira. As ações foram intensificadas após o acidente da semana passada. Foram fechadas:
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem;
Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat;
Igreja dos Perdões;
Igreja de Nossa Senhora da Ajuda;
Igreja da Ordem Terceira do Carmo;
Igreja de São Miguel.
Segundo o Iphan, as visitas estão acontecendo de forma preventiva e contam com apoio de uma força-tarefa com 15 servidores de outros estados. Os dias exatos das visitas nesses locais não foram detalhados.
Ao todo, a Bahia tem 184 bens tombados pelo órgão, sendo que 51 são igrejas. Delas, 30 estão na capital baiana. Pelo menos 12 já foram vistoriadas e 8 precisam de reformas, conforme levantamento da TV Bahia.
“O Iphan sempre fiscalizou os bens tombados. Nós temos aí o incremento dessas ações em 2024. Fiscalizamos 2.395 bens. O que nós temos feito agora é integrar mais essas ações com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, porque nós temos, em alguns desses bens, situações que carecem também da intervenção desses outros órgãos”, disse o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Salvador — Foto: Arquivo pessoal
Segundo Grass, ainda não há um balanço de todos os problemas encontrados nas igrejas vistoriadas, porém é possível detalhar o que normalmente é encontrado nesses lugares.
“No geral, o que nós podemos dizer que é uma realidade comum em vários centros históricos, em razão do modelo construtivo, dos tipos de material, muitos desses imóveis são feitos de madeira, madeira que está sendo corroído por cupins. Telhados que também tem uma estrutura de madeira passam por essa situação. Temos aí também, por falta de manutenção de muitos desses imóveis por parte dos proprietários, problemas de rachaduras, infiltração, mofo, excesso de sujeira”, disse.
Para que as igrejas possam reabrir, é preciso que todas as falhas apontadas na vistoria sejam corrigidas. Tarefa que, segundo o Iphan, é de responsabilidade dos proprietários. Porém, eles podem receber ajuda de custo.
“A legislação brasileira diz que os proprietários de imóveis tombados como bem cultural e que não têm condições financeiras de cuidar deles adequadamente, podem receber recurso público, mas não significa que vão”, explicou.
Por fim, Grass ressaltou que, apesar de participar das vistorias, as recomendações de fechamento dos templos não parte do órgão, assim como a autorização de reabertura.
“O Iphan vai com ela para que também atualize o seu banco de dados a respeito do estado dos bens, mas quem vai determinar o alto risco, com possibilidade de risco é a Defesa Civil da cidade”, afirmou.
Fechamento da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem
No caso da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, segundo detalhou a paróquia, a interdição aconteceu na quarta-feira (12). A decisão partiu da situação precária do teto do templo, que teve a construção concluída em 1743 e foi tombado em 1938.
“A recomendação foi de que a gente evacuasse de imediato, pois corre o risco do telhado cair. E a gente tem que zelar pela vida das pessoas que vêm à paróquia”, afirmou Carlene Souza, representante da Coordenação Paroquial.
O lugar é conhecido por abrigar a imagem do Bom Jesus dos Navegantes e a embarcação Galeota Gratidão do Povo, que faz o transporte durante a tradicional procissão marítima, em 1° de janeiro, na festa de Bom Jesus dos Navegantes.
“A gente já vinha há bastante tempo sinalizando isso aos órgãos competentes”, ressaltou.
Confira como está o templo religioso:
Durante a interdição, quando os fiéis não poderão acessar o lugar onde normalmente são realizadas as missas, o Salão Hugo Rossini será usado para as celebrações e as atividades planejadas da paróquia.
O projeto de restauração da igreja já foi encaminhado para o Iphan e Ministério da Cultura. A paróquia aguarda a liberação dos recursos para a execução da obra.
“A nossa necessidade é que haja uma aceleração desse início de obras, para que se possa ter uma segurança de que a coisa está acontecendo e que não vai ruir o patrimônio, porque é muito mais fácil manter do que restaurar”, disse o padre Edílson Bispo Conceição, coordenador da Comissão Arquidiocesana de Bens Culturais.
A Prefeitura de Feira de Santana segue intensificando os trabalhos de prevenção e conscientização no distrito de Humildes após o registro de casos de diarreia possivelmente relacionados à qualidade da água do Rio Humildes. Equipes da Secretaria do Meio Ambiente (Semmam) e da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) estiveram na localidade para orientar os moradores sobre a importância da preservação ambiental e limpeza do rio.
De acordo com o diretor de Planejamento e Educação Ambiental da Semmam, João Dias, uma reunião entre diversas secretarias definiu ações emergenciais para a região. “Expliquei aos moradores a importância de não jogar lixo no rio e os problemas ambientais que estão ocorrendo. Também informamos que será realizada a limpeza do lixo dentro e nas margens do rio”, afirmou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também integra a força-tarefa de prevenção e combate à doença. De acordo com a investigação epidemiológica, os casos de diarreia na região não se tratam de surto, porém mantêm em níveis elevados ao longo do ano, em comparação com outras localidades. Moradores das áreas afetadas foram entrevistados para identificar possíveis fatores que contribuem para o aumento dos registros.
Com essas ações, a Prefeitura de Feira de Santana reforça seu compromisso com a saúde pública e a preservação ambiental, buscando soluções sustentáveis para melhorar a qualidade de vida da população de Humildes.
O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e perigo comum – pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.
A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da decisão.
O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Curitiba dois anos e meio após a morte de Arruda, que foi baleado em 9 de julho de 2022 por Guaranho enquanto comemorava seus 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT. Relembre caso mais abaixo.
A defesa de Guaranho reforçou nesta quinta (13), antes da leitura da sentença, que ele agiu em legítima defesa e que o crime não teve motivação política. Na quarta-feira (12), o agora condenado afirmou no júri que não foi à festa da vítima “nem para brigar, nem para matar”.
O júri popular foi presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.
Jorge Guaranho saiu preso do julgamento — Foto: Fernando Castro/g1
Na decisão que foi lida por volta das 14h, a juíza ressaltou que ele utilizou arma da União para cometer o crime. Ela destacou também a intolerância política que Guaranho demonstrou com as ações.
Standler também citou a promulgação da lei estadual contra intolerância política que institui o dia 9 de julho – data do crime – como o Dia Estadual de Luta contra a Intolerância Política e de Promoção da Tolerância Democrática.
Ela afirma que antes do crime não havia necessidade de se alertar quanto a isso e considera que o caso marca essa necessidade.
A juíza determinou ainda a prisão imediata de Guaranho, que cumpria prisão domiciliar desde setembro do ano passado. O Departamento de Polícia Penal do Paraná deve definir para qual presídio ele será encaminhado.
Quem foi ouvido no júri?
O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro — Foto: Reprodução
No decorrer do júri foram ouvidas nove pessoas, entre testemunhas, informantes e peritos. Por último, o réu foi interrogado. Ele deu a versão dele dos fatos publicamente pela primeira vez.
A captação de imagens não foi liberada no julgamento. O réu foi fotografado ao lado de fora do tribunal, pouco antes do início do terceiro dia de júri nesta quinta (13).
Foram ouvidos no julgamento:
Jorge Guaranho, réu pelo crime.
Alexandre José dos Santos, amigo de Marcelo Arruda, servidor público e que também estava na festa;
Simone Cristina Malysz, perita que participou da elaboração de laudos do caso;
Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho que tinha acesso às imagens das câmeras de segurança da associação onde ocorria a festa de Arruda por fazer parte da direção onde ocorria a festa;
Marcelo Adriano Ferreira, policial penal do Presídio de Catanduvas que trabalhava com o agora ex-policial penal Jorge Guaranho;
Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, tio de Pâmela, companheira de Marcelo Arruda e que comprou decoração da festa;
Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Marcelo Arruda que participou da festa e viu discussão que terminou com o assassinato;
Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, perita responsável por laudos de imagem;
Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava no local do crime;
Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, que detalhou o dia do assassinato e deu declarações sobre a dificuldade de criar o filho mais novo após a morte do pai. Na época, o bebê tinha 40 dias de vida;
Relembre o crime
Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Arruda, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Arruda foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022. Ele deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficou preso até setembro 2024.
Ele cumpria prisão domiciliar até a condenação desta quinta-feira (13).
O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos do crime, segundo a Polícia Civil:
Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia — Foto: Arte/g1