Esse homem se tornou um herói depois de correr em meio a um incêndio para acordar uma família de amigos e salvar a vida deles. O fogo estava chegando à casa.

Jonny Constantine enfrentou o perigo para garantir a segurança dos amigos durante um incêndio florestal de grandes proporções em Malibu, na Califórnia. Ele tinha a opção de fugir, afinal, tinha visto o fogo primeiro, mas não desistiu de ninguém.

Enquanto as chamas se aproximavam, ele correu em direção à casa de seus amigos e os alertou sobre o perigo. Buzinando e gritando bastante, ele conseguiu acordar a família e garantiu que todos escapassem antes que a propriedade fosse consumida pelas chamas. “Eu não saí até que eles estivessem seguros”, disse.

“Continuei gritando”

O incêndio florestal ficou conhecido como Franklin Fire, deixou um grande impacto emocional e destruiu 13 casas em Malibu.

Determinado em salvar a vida do máximo de pessoas possível, Jonny pegou o carro e correu em direção a uma casa vizinha. As luzes estavam apagadas, o que indicava que a família dormia no momento.

“Vi que as luzes estavam apagadas, mas a campainha funcionou. Continuei apertando o botão e gritando do portão para acordar”.

Arriscou a própria vida

Jonny estava assustado e mesmo assim arriscou a própria vida.

“O fogo estava tão próximo – a fumaça, o brilho vermelho e as brasas pareciam que iriam subir a colina e atingir a propriedade deles a qualquer momento”, destacou em entrevista à Cruz Vermelha.

Ele não desistiu. Foram longos 20 minutos gritando, buzinando e tocando a campainha, até que seus amigos finalmente acordassem e conseguissem escapar do fogo.

Compaixão da comunidade

Sem saber para onde ir depois do incêndio, o herói buscou refúgio em um abrigo temporário da Cruz Vermelha.

Lá, além de segurança, também encontrou compaixão e o apoio da comunidade durante um dos momentos mais difíceis que passou.

“A comunidade se uniu e estou muito grato pela Cruz Vermelha ter atendido pessoalmente às minhas necessidades e me ajudado a superar esse momento difícil. Deus abençoe todas as pessoas que tornaram isso possível”, agradeceu.

Em meio a um grande incêndio, esse homem, chamado Jonny Constantine, se tornou um herói ao correr para salvar a vida de amigos vizinhos. – Foto: Cruz Vermelha

O menino George, de 2 anos, está curado de um tipo raríssimo de câncer e se tornou o paciente mais jovem do mundo a receber com sucesso um tratamento inovador e experimental feito no Reino Unido.

Em junho de 2023, depois de uma série de exames, um diagnóstico devastador atingiu a família do pequeno. Jonathan e Rachael Constantine, pais da criança, não acreditaram que o filho tinha rabdomiossarcoma, um câncer raro nos tecidos moles do fígado e dos ductos biliares.

Depois da quimioterapia, os resultados foram poucos animadores. A esperança veio em um tratamento experimental chamado nanoknife, que utiliza correntes elétricas para destruir as células cancerígenas. Deu certo e hoje o garotinho, de Londres, está ótimo!

Predisposição ao câncer

Depois do diagnóstico, a família começou a investigar e descobriu que George possuía duas condições genéticas raras: a Síndrome de Silver Russell e a Síndrome de Aneuploidia Variegada em Mosaico (MVA).

Juntas, as duas aumentavam a predisposição ao câncer. Desde então, os pais começaram a ouvir especialistas nacionais e internacionais, para encontrar a melhor opção de tratamento.

Após três sessões de quimioterapia, e com resultados nada agradáveis, a família arriscou pela terapia experimental.

Nova terapia

Assim, conheceram a nanoknife, uma terapia nova e que tem feito bastante sucesso no Reino Unido, especialmente no King’s College Hospital.

O método utiliza correntes elétricas e ataca diretamente as células cancerígenas para remover o tumor com mais precisão.

George se tornou o paciente mais jovem do mundo a passar pelo procedimento, e, diferente da quimio, os resultados foram incríveis!

A cura veio

Muito emocionado, o pai do pequeno comemorou o sucesso do procedimento.

“Os cirurgiões conseguiram remover todo o tumor e tiveram margens claras ao redor da seção removida do fígado. Esta era a notícia pela qual esperávamos e orávamos”, disse.

Agora, depois de 18 meses de luta, George está livre do câncer, tocou o sino e já voltou a frequentar a creche. Só alegria!

Pesquisas futuras

A solidariedade também inspirou a batalha de George. Durante o tratamento da criança, a família e amigos criaram o “Team George”, um grupo de ajuda para os dias difíceis.

O “Team George” correu maratonas, corridas, jogou rugby, remoto no Atlântico, participou de golfe e saltou de paraquedas, tudo para arrecadar fundos para pesquisas futuras.

Além de familiares e amigos, o vencedor também teve apoio de celebridades, incluindo o famoso chef Gordon Ramsay.

Georg também ganhou o prêmio Star Award da Cancer Research UK for Children & Young People.

A premiação é em homenagem aos pequenos que lutaram contra a doença bravamente.

Pela braveza, George ganhou o prêmio Star Award. Merece demais, né não? – Foto: TK Maxx

Uma combinação de terapias, de mais e meio século, conseguiu a regressão do câncer de ovário nos testes laboratoriais pré-clínicos. A notícia boa vem dos cientistas do Instituto Wistar, organização sem fins lucrativos, na Filadélfia, nos EUA, que aperfeiçoaram uma antiga terapia.

A descoberta virou artigo científico publicado no  The Journal of Experimental Medicine, em que os cientistas confirmam os bons resultados dessa terapia combinada.

O tratamento combinado é feito com beta-glucano, um ativador de células mieloides derivado de patógenos, e interferon-gama (IFNγ).

Grande chance de metástase

O câncer de colo de útero tem tendência a dar metástase por causa do fluido peritoneal na cavidade peritoneal — ao redor do estômago e dos intestinos. A região é naturalmente imunossupressora, o que limita a resposta do corpo a qualquer tumor.

À frente da pesquisa, Nan Zhang e os demais cientistas lembraram dos estudos final dos anos 1800 e início dos anos 1900, quando o cirurgião de Nova York William B. Coley alcançou uma taxa de cura maior que 10% para alguns tipos de câncer ao injetar patógenos mortos em pacientes.

Para os cientistas, o caminho seria ativar o sistema imunológico de células mieloides — as células abundantes na cavidade peritoneal — que, quando ativadas, podem montar uma resposta que mata o câncer.

Testes promissores

Com base no novo conceito, a equipe de Zhang projetou uma abordagem que ativa as células mieloides dentro da cavidade peritoneal por meio de tratamento combinado com beta-glucano, um ativador de células mieloides derivado de patógenos, e interferon-gama (IFNγ).

Relatórios preliminares sugerem que a abordagem pode funcionar para reverter a imunossupressão ao redor dos tumores, levando a resultados positivos.

A reversão da doença foi considerada consistente mesmo nos casos mais resistentes à quimioterapia.

Regressão da doença

De acordo com o estudo, essa terapia “reduz tumores e melhora as taxas de sobrevivência, ao mesmo tempo em que torna os tumores mais receptivos ao tratamento de quimioterapia”.

“Nosso trabalho abriu a porta para um possível novo método de tratamento de um câncer particularmente agressivo”, disse Brennah Murphy, primeira autora do artigo.

“O câncer de ovário é famoso por resistir ao tratamento, mas mostramos — no nível pré-clínico — que nosso tratamento supera essa resistência”, acrescentou ela à GNN.

Incidência no mundo

O tumor de ovário é a segunda maior incidência de neoplasia (crescimento anormal e descontrolado de células em tecidos ou órgãos, resultando na formação de um tumor) ginecológica no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de colo do útero. Mas

No mundo, o desafio dos pesquisadores é buscar essa solução, uma vez que o câncer de ovário é o câncer ginecológico mais mortal, com baixas taxas de sobrevivência, resistente à quimioterapia.

Vai ciência!

O professor Nan Zhang (de azul) é o líder da pesquisa e está otimista. Foto: Instituto Wiston