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Com mais de 40 carnavais e muita histórias para contar, Bell Marques está pronto para mostrar no carnaval deste ano em Salvador porque é o maior astro da folia baiana. No alto dos seus 70 anos, o cantor que não cansa de se reinventar fará uma estreia no solo onde conhece como poucos. Pela primeira vez, Bell vai comandar o Arrastão da Quarta-feira de Cinzas. Ao G1, ele falou sobre a expectativa para esse momento inédito.

“Adoro desafios e estou sempre fazendo coisas novas, provando a mim mesmo e talvez aos outros que sempre é tempo de realizar novos projetos. É sempre tempo de arriscar, de fazer coisas pela primeira vez. A expectativa está grande para caramba. Vai ser especial!”

Antes de encerrar a folia soteropolitana, Bell vai enfrentar, como de costume, uma maratona carnavalesca. Ele será o único dos grandes artistas do axé a se apresentar em todos os dias da folia soteropolitana, de quinta (16) até a quarta-feira (22). Em três dias, fará a dobradinha trio elétrico + camarote.

Em carreira solo desde 2014, o artista conta que se prepara o ano todo para aguentar o tranco carnavalesco. Para quem mora em Salvador, não é difícil encontrá-lo correndo no bairro da Graça ou no Dique do Tororó. Ele também pratica tênis e garante que mantém cuidados rigorosos com alimentação e a voz.

Além disso, como bom baiano, apela para as forças dos santos e dos orixás. “Eu rezo e peço muito ao meu anjo da guarda para me ajudar, porque não é fácil, mas é gostoso“, disse, aos risos.

O artista disse que está ansioso para reviver um momento especial neste ano de retorno da festa, suspensa dois anos por causa da pandemia: ele quer chegar no Morro do Gato no domingo (19) de carnaval, local que ele considera um ponto especial do circuito Barra-Ondina, por poder visualizar a multidão na ladeira. E para essas pessoas, promete apresentar a música nova “Brilha Aê Camaleão”, que escreveu durante o isolamento obrigatório.

Tradição de pai para filho

Ano após ano, Bell segue como Patrimônio imaterial do carnaval baiano, sem apostar em dancinhas ou “feats” com artistas do momento. Para ele, a fórmula do sucesso é “ter sucessos que são transmitidos de pai para filho”. Quase como uma tradição que aconteceu, inclusive, com a repórter que escreveu essa matéria.

“Consegui chegar em três gerações desse jeitinho: quando os pais eram fãs e passaram para o filho. Tem música de 20 anos atrás que eu toco hoje e os jovens sabem cartar“, afirmou

E assim como as músicas do cantor são passadas de pai para filho, ele também repassa o seu legado. Rafa e Pipo Marques, filhos de Bell, seguem os passos da música e começaram a tocar no carnaval da Bahia com a banda Oito7Nove4. Atualmente, eles se apresentam como Rafa e Pipo Marques e colecionam parcerias na música com o pai.

Momento marcantes

Com a barba e a bandana na cabeça como marcas registradas, Bell é reconhecido facilmente pelos foliões. As características são tão conhecidas que, em entrevista ao g1 em 2009, ele revelou que tinha medo de mudar de visual.

Dois anos depois, em 2011, contudo, ele colocou o povo à prova: patrocinado por uma marca da barbeadores, Bell tirou a barba e apareceu com o rosto “lisinho” em cima do trio. O fato repercutiu em todo o país.

Essa foi a primeira vez em 30 anos que o cantor cantou para o público sem a barba. E quem viu, viu, porque depois de 2011 o visual de sempre segue firme e forte – tão forte, que tem até clones espalhados pela Bahia. Ou você nunca viu um folião fantasiado de Bell Marques no carnaval de Salvador?

A marca é tão consistente que, em 2021, um dos fãs do cantor improvisou um palco, colocou uma bandana e fez um cover na orla da Barra. Esse era o primeiro ano sem o carnaval na capital baiana e a homenagem aqueceu o coração de quem passava pelo local.

Neste ano, os covers podem até curtir na avenida, mas o grande show ficará por conta de Bell.

Fonte G1 Bahia

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