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A enfermeira Bruna Loreato viveu momentos de tensão com o filho com Bernardo Loreato Vieira, de 7 anos, após o garoto apresentar sintomas de infecção no trato respiratório e depois sentir dificuldades para caminhar.

Bernardo foi diagnosticado com miosite, provocada por uma infecção viral. De acordo com a mãe do menino, na emergência onde o filho ficou internado em Feira de Santana, várias crianças estavam com o mesmo problema de saúde.

“Ele teve em novembro, e não precisou internar, tratou a infecção em casa, mas um dia depois ele começou a não conseguir andar e eu falei com o pediatra dele, que recomendou afastar a miosite. A gente estava em viagem, e paramos em uma emergência de Salvador, para fazer uma consulta e a médica fez os exames. A enzima CPK dele deu quase 6 mil, e teve que internar”, informou a enfermeira ao Acorda Cidade.

Ela contou que uma ambulância do plano de saúde trouxe o garoto para Feira de Santana e ele ficou mais três dias internado.

“Ficou internado mais três dias, hidratando bastante, e chegou em casa bem, continuamos com a hidratação em casa e com soro. Os sintomas dele começaram dia 14 de março com febre referente à infecção do ouvido e da garganta, e depois de ter passado a febre, à noite ele começou a sentir dores nas pernas e já não estava andando”, afirmou a mãe, que desconhecia o acometimento da doença em crianças.

De acordo com o médico infectologista pediátrico Igo Araújo, que atende no Hospital Estadual da Criança (HEC), a miosite pode ser classificada como uma inflamação dos músculos, e isso pode acontecer por várias causas.

“No meio pediátrico, pode ocorrer por uma infecção viral e bacteriana, como pode ser por trauma, como um capotamento ou exercício exacerbado, como também por uma doença autoimune, como pessoas que têm doenças que ao invés das células de defesa protegerem nosso corpo, elas atacam e inflamam a musculatura.”

Segundo o especialista, a miosite pode existir em vários graus.

“Por exemplo, uma criança que jogou muita bola ontem e amanheceu com as pernas cansadas, doendo, isso pode ser um processo de miosite leve e muitas vezes só fazer um processo de massagem, gelo local ou só tomar um remédio anti-inflamatório, e no dia seguinte essa criança está plena. É diferente de um adulto, onde a resposta do corpo demora um pouco mais. Quando a gente fala de miosite com crianças, temos que entender que foi algo que aconteceu com essa criança, porque ela não tinha e começou a ter.”

Ele alertou durante entrevista ao Acorda Cidade, que nos últimos dias, as emergências estão atendendo vários casos de crianças acometidas por gripe, mas que depois o quadro evolui para miosite.

“Estamos tendo vários casos de crianças gripadas que estão evoluindo para casos de miosite, então um vírus que ocasionou um processo de inflamação dos músculos e a criança teve uma alteração dos membros inferiores e dificuldade de andar e nesse processo libera uma enzima chamada CPK, que a depender do nível de inflamação terá um valor de 3 mil, 5 mil ou mais, e os profissionais vão determinar o tratamento para essa criança. Se for uma infecção bacteriana, preciso tratar com antibióticos e conduzir como o paciente vai responder. Se for infecção viral, o corpo é autossuficiente para conseguir controlar a infecção”, explicou.

A miosite pode ocorrer tanto em crianças, como em adultos e idosos.

“A dengue, a influenza, podem causar isso, e uma queda pode também. Se eu capotar um carro, e tiver traumas, como bater uma perna, a musculatura do tórax, dei entrada na emergência com dores, essa enzima vai dar alterada, assim como a febre para nosso corpo mostrando algo inflamando, a enzima CPK também vai mostrar isso para a gente, ela está no nosso sangue, mostrando algo inflamatório.”

Segundo Igo Araújo, o tratamento pediátrico é feito com hidratação. “Vamos avaliar se precisará receber soro, se ficar internado recebendo o soro e remédios para dor, ou ficar em casa recebendo líquido”, complementou.

Fonte Acorda Cidade

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